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Italianos impulsionaram renovação da arte

Desenvolvimento começa com Bassano Vaccarini em 1956 e é acentuado por outros nomes, como Lazzarini

Outro italiano de renome na cidade é Lionello Berti, destaque da arte sacra praticada em Ribeirão Preto

DE RIBEIRÃO PRETO

Além de agregar novos costumes e valores, a imigração italiana em Ribeirão Preto foi um marco para a renovação das artes visuais na cidade.

A "virada visual" começa com a chegada do artista plástico Bassano Vaccarini (1914-2002) em 1956, após convite do então prefeito Costábile Romano (1956-59).

"Ele foi chamado para participar dos eventos em comemoração ao centenário da cidade, mas gostou tanto de Ribeirão Preto que acabou ficando", afirmou a mestre em história pela Unesp Erika Fantini Almeida.

TRANSFORMAÇÃO

De acordo com Daici Ceribelli Antunes de Freitas, ex-aluna de Vaccarini e doutora em artes pela ECA (Escola de Comunicação e Artes), da USP, a atuação de seu antigo professor com o também italiano Domenico Lazzarini (1920-1987) transformou o cenário do município.

"Na época, a cidade estava dividida entre o acadêmico e o moderno", afirmou.

Embora encantado com Ribeirão Preto, foi Altinópolis o município que Vaccarini escolheu para passar seus últimos anos de vida.

É lá, a céu aberto, que está a maior parte de seu acervo. Em Ribeirão, Vaccarini deixou registrada sua marca no Alto do Morro São Bento, parque Maurilio Biagi, Mercado Municipal e na Unaerp (Universidade de Ribeirão Preto).

Com a fundação da Escola de Belas Artes por Vaccarini e Antonio Palocci (1918-1987) -pai do ex-ministro-, entra no cenário das artes locais outro italiano: Lionello Berti (1927-1976), trazido para Ribeirão por Pedro Caminada Manuel-Gismondi (1925-1999), igualmente italiano. "Berti retratou a figura humana em quase toda a sua obra", diz a docente aposentada do Instituto de Artes da Unicamp Fúlvia Gonçalves.

Segundo ela, Berti tem grande influência na produção durante a década de 80.

Todo o acervo foi doado pela família à Prefeitura de Ribeirão e ao Marp (Museu de Arte de Ribeirão Preto).

É lá que está guardada também a sequência de telas em que Berti retratou a usina da Pedra, de Serrana, de acordo com Nilton Campos, coordenador do museu. (GABRIELA YAMADA)

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