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Megametrópole

São José concentra expansão em áreas mais próximas à via Dutra

Bairros no entorno da rodovia foram os que mais tiveram lançamento residencial desde 2008

Aumento do preço do terreno e restrições para novas construções, porém, devem frear crescimento imobiliário

LUCCA ROSSI
ENVIADO ESPECIAL A SÃO JOSÉ DOS CAMPOS

A expansão imobiliária de São José dos Campos (97 km de São Paulo) nos últimos anos é visível até para quem não entra na cidade.

Cortada pela via Dutra, que liga São Paulo ao Vale do Paraíba e ao Rio, São José viveu uma explosão de empreendimentos nas regiões próximos à rodovia de 2008 para cá.

"Ocupamos uma posição estratégica, a uma hora de São Paulo e do litoral e próximo ao Rio", diz Sueli Aquino, diretora da Pirâmide Imóveis, há 31 anos no mercado.

"Temos muitas indústrias, como a Johnson & Johnson e a Embraer, e uma população com bom poder aquisitivo."

Como em outras cidades do entorno de São Paulo, o preço menor do terreno em relação à capital atraiu os incorporadores.

Do lado esquerdo da Dutra para quem segue da capital ao Rio fica o Jardim Aquárius, que concentra os lançamentos recentes, principalmente os de mais alto padrão.

Segundo a Aconvap (Associação das Construtoras do Vale do Paraíba), nos primeiros dois meses do ano o preço médio de venda do metro quadrado nos bairros mais valorizados da cidade estava em R$ 4.000. No primeiro bimestre de 2007, era R$ 1.800.

"Os preços são mais achatados em São José do que em outras cidades. Um apartamento de altíssimo padrão pode sair por menos de R$ 5.000 o m², enquanto um imóvel econômico sai por R$ 3.300 o m². O joseense rejeita preços altos", diz Paulo Pinheiro, sócio-diretor da imobiliária Lopes.

Do outro lado da estrada, a pouco mais de dez minutos de carro do Aquárius, fica o Jardim Satélite, bairro que concentra os lançamentos de padrão médio, com dois e três dormitórios.

Foi esse um dos bairros em que o empresário Gecilandio Oliveira, 45, decidiu investir.

Com a proliferação de prédios, a figura do pequeno investidor também começa a ganhar força na cidade.

"Quando comecei a visitar os plantões de vendas há alguns anos, percebi que locais como este iriam 'bombar'", diz Oliveira, que comprou três imóveis ainda na planta que serão entregues neste ano no Jardim Satélite.

O aumento do preço dos terrenos e as restrições impostas pela prefeitura para novas construções, porém, devem frear o mercado local.

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