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Nada de português

Disciplina para dominar o idioma, os costumes e a cultura do país garantem saldo positivo a programas de intercâmbio em família

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Um dos empecilhos para o aprendizado nas viagens que combinam intercâmbio com turismo em família é que a maioria as pessoas tendem a ficar juntas, falando português, o que não aconteceria se viajassem sozinhas. "Em grupo ou não, é preciso se disciplinar para aprender não só a língua mas também sobre a cultura do outro país", alerta a professora Vera Duarte, do departamento de inglês da PUC-SP (Pontifícia Universidade Católica).

Esse cuidado foi levado a sério pela família da arquiteta Maria Ester Lopes, 53, seu marido Saulo Soares, professor, 47, e a filha Luisa Soares, estudante,19, que cursaram inglês em Londres, em julho de 2011. "Nós estudávamos em turmas separadas e, mesmo quando estávamos juntos, evitávamos falar português", afirma Ester.

A rigidez tornou-se mais branda na quarta semana de viagem. Foi quando Ester, Saulo e Luisa viajaram para Munique, na Alemanha, onde encontraram a filha Letícia, 24, que fazia intercâmbio. "Nessa parte do roteiro, nada de aula", conta Ester.

O que se nota entre as famílias que retornam desse tipo de viagem é que, a despeito de qualquer imprevisto em terra estrangeira, todos consideram o saldo positivo, tanto no quesito aprendizado como no turismo.

Mais que isso, o estudo combinado com a viagem dos sonhos da família permite que os pais desfrutem da realidade do universo do intercâmbio e testem o comportamento dos filhos diante de situações adversas longe de casa, segundo a consultora Betty David Fernandes, da Prime Consultoria de Idiomas. "É a autonomia vigiada", declara.

(WR)

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