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Em Aricanduva, 67% dizem ter bicho

OLÍVIA FLORÊNCIA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

É uma casa muito engraçada. Já na entrada se ouve o papagaio Tutti gritando "Lígiaaa", do fundo do quintal. Mas antes de chegar até ele, é preciso passar pelo gato Mickey, esparramado no sofá da sala, e cruzar com uma verdadeira matilha pelo caminho.

A casa da fonoaudióloga Natália Paraluppe, 42, que vive em Aricanduva, é assim. Além dela (e a bicharada), vivem o marido, o advogado Angel, 44, e a filha, Lígia, 11.

"Sempre amei bichos. Quando era pequena pegava cachorro na rua e levava para casa, para o desgosto do meu pai", conta Natália, hoje com nove cães.

Como na casa dos Paraluppe, a soberania na região é dos cães. Lá, diz o Datafolha, 58% das pessoas têm bicho (em 2008 eram 56%), e desses 44% são cachorros.

Aricanduva é o bairro que concentra a maior porcentagem de moradores com bichos, 67%, e neste contingente, os latidos são ouvidos em 55% das casas.

A família Paraluppe reclama da falta de um parque para levar os cães. Uma vez por semana, eles vão a um terreno próximo ao shopping Aricanduva. Segundo eles, essa é a melhor opção ali perto.

A designer de moda Natália Gayoso, 27, da Vila Prudente, também reclama da falta de lugares para passear com seu lhasa apso, Tomi. "Você não vai levar o cachorro até Moema só para passear, né?"

Na Vila Prudente, 57% dos moradores têm animais -em 2008, eram 46%. Neste universo, 43% são cachorros. "Quem tem cachorro aqui passeia rápido na frente do prédio", diz Natália.

A Subprefeitura de Aricanduva não se pronunciou sobre a queixa de moradores.

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