Participe da vida escolar

A matrícula na escola não põe fim ao processo de escolha. O ingresso no colégio é apenas o início de uma etapa que deve ser acompanhada e avaliada permanentemente.

Os momentos de transição, como a passagem do fundamental 1 para o 2, merecem atenção redobrada. Nesses períodos, é preciso verificar se a escola contribui com a adaptação do aluno.

Também é a hora de testar os canais de comunicação. Segundo a pedagoga Patrícia Horta, "quando a escola prevê o diálogo com a família, a probabilidade de sucesso escolar é muito maior".

As instituições devem criar oportunidades para mostrar seu trabalho, como reuniões de apresentação dos conteúdos desenvolvidos, eventos e encontros periódicos com professores, além de conversas regulares com orientadores.

Os pais, por sua vez, devem estar dispostos a compartilhar responsabilidades com a escola e a acompanhar o desenvolvimento social, afetivo e cognitivo dos filhos.

Além de avaliar o desempenho por meio das informações que a escola oferece (boletins, reuniões, comunicados), devem estabelecer com eles um diálogo cotidiano para verificar se estão motivados, se conversam sobre a escola, se têm amigos.

A advogada Juliana Ceravolo, 26, conta que percebeu uma alteração no humor do seu filho Pedro, 10, durante a transição do ensino infantil para o fundamental.

"Ele ficou bem estressado, chorava, ficava nervoso. Descobrimos que não estava conseguindo se organizar."

Com o marido, criou em casa uma rotina de estudos que contribuiu para que Pedro se organizasse e amadurecesse. Ela diz ter sentido falta da atuação da escola.

A família também deve ficar atenta à forma como a instituição lida com situações como mau desempenho, preconceito, bullying, pois isso mostra o quanto está preparada para fazer parte do processo educacional. (DA)