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PMDB deve formalizar apoio de Gabriel Chalita a petista

O vice-presidente Michel Temer se reúne hoje com a presidente Dilma Rousseff para sacramentar o apoio do PMDB à candidatura de Fernando Haddad (PT).

A adesão à candidatura de Haddad deverá ser anunciado ainda esta semana.

Ontem, Temer chegou a convocar reunião para formalizar o apoio. Abortou a operação porque não conseguiu falar com Dilma ao telefone.

Segundo peemedebistas, Temer telefonou para Dilma, mas ela não atendeu.

Além disso, o até ontem candidato pelo PMDB, Gabriel Chalita, ponderou com Temer para que não divulgasse o apoio sem antes negociar as condições com Dilma.

Antes de fazer um pronunciamento na sede do PMDB, Chalita passou na casa de Temer e alegou que o apoio não poderia ser automático.

"Nenhum apoio é natural", disse Chalita, ao ser questionado sobre o iminente alinhamento com o PT.

De acordo com peemedebistas, Chalita sugeriu que o partido discuta com o PT participação no eventual governo de Haddad.

Quarto colocado na disputa pela prefeitura, Chalita cobiça uma vaga na Esplanada dos Ministérios.

Seu sonho é ocupar o Ministério da Educação. Mas integrantes do PMDB não descartam indicação para qualquer vaga da cota partidária.

Segundo peemedebistas, Chalita deverá ter papel de relevância na campanha de Haddad, atuando como ponte com a Igreja Católica.

Para adiar o anúncio, prevaleceu ainda o argumento de que o apoio teria menor ressonância se divulgado junto com o resultado da eleição.

Disposto a valorizar o passe, Chalita chegou a ameaçar ficar neutro na campanha, citando Marina Silva na campanha presidencial de 2010.

Mas a hipótese é descartada no meio político: o peemedebista é um desafeto declarado do tucano José Serra.