Governador ganha força como opção em 2014

O governador Eduardo Campos (PSB-PE) declarou sua independência do PT e entrou para a seleta lista de presidenciáveis. Até mesmo Dilma Rousseff já avalia nos bastidores as chances da candidatura do aliado em 2014.

Com cuidado para não antecipar em dois anos a disputa nacional, o socialista não fala de seu futuro. Mas lançou, ontem, um enigma fácil de decifrar: "Nestas eleições, o PSB deixa a infância para entrar na idade adulta".

Embutida na frase está uma avaliação feita pelo próprio governador em rodas reservadas: não é possível levantar voos altos com uma legenda pouco estruturada.

Em 2008, com 306 vitórias, o PSB era um partido satélite do PT, e foi se avolumando como força eleitoral debaixo das barbas petistas, inclusive da do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

NOVOS PLANOS

Um dirigente completa a metáfora do governador pernambucano: o partido está deixando a órbita do PT; está virando planeta.

Até bem pouco tempo, Campos alimentava a esperança de ser o vice de Dilma Rousseff ou de Lula daqui a dois anos para se projetar como sucessor em 2018. Os planos deram errado justamente quando os petistas se convenceram, a partir desta eleição em Recife, das ambições do aliado.