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O que as empresas querem

Empresas pagam pós-graduação para que profissional assuma cargo de liderança e conheça tendências do mercado

TALITA FERNANDES
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

A matrícula em um curso de MBA tem peso na hora de contratar e promover um profissional que vai ocupar um posto de liderança.

"A formação é decisiva nos cargos gerenciais e, para candidatos que estão no plano de carreira da empresa, é um diferencial nos processos de promoção", destaca José Belizário, gestor de RH da empresa de comércio exterior Columbia. A companhia financia 50% dos custos do curso para os funcionários.

Uma pesquisa da agência de recrutamento Robert Half com 131 líderes de RH brasileiros feita em fevereiro mostra que o MBA também é uma arma de retenção de talentos. O item bolsa para MBA, pós-graduação ou cursos figura como quarto principal instrumento para manter na companhia bons profissionais, atrás apenas de mecanismos tradicionais: desenvolvimento do profissional, aumento de salário e promoções.

Claudia Barbosa, 28, é gerente de marketing do Novotel para América Latina e conseguiu um desses apoios. Ela ingressou no grupo aos 23 anos como estagiária e hoje recebe financiamento de 50% para fazer o MBA em gestão estratégica de negócios na FIA. "A empresa valoriza o profissional por buscar essa especialização", opina.

Segundo a QS Intelligence Unit, a média salarial declarada de profissionais com MBA no Brasil em 2011 foi de US$ 43,5 mil (R$ 87 mil) por ano em empresas nacionais e US$ 66 mil (R$ 132 mil) por ano em multinacionais.

SOB MEDIDA

Algumas empresas optam por cursos sob medida, oferecidos por escolas de negócios para funcionários que precisam obter conhecimentos específicos. A LG, além de pagar 50% de cursos de MBA para funcionários que têm alto desempenho, tem dois programas de "MBA in company" (MBA na companhia).

"A empresa defende que o investimento nesses colaboradores não é motivado apenas pelo resultado em si, e sim pelo que esse funcionário cria e planeja para melhorar o negócio a médio e a longo prazo", explica Victor Matheus, diretor de RH da LG Brasil. Entre os gerentes e diretores da indústria, pelo menos 30% concluíram ou estão matriculados em MBA.

No mundo corporativo brasileiro, essa escolha vem se repetindo. Um levantamento da consultoria de recrutamento Michael Page feito neste ano no Brasil com 6.000 profissionais revelou que mais da metade dos que fazem o programa é diretor ou gerente em empresas.

A superintendente de gestão de talentos do Itaú-Unibanco, Maria Carolina Gomes, conta que o banco tem programas de atração de talentos das melhores escolas de negócios do mundo.

A empresa também paga cursos no exterior para funcionários. Daniel Pripas, 30, está fazendo MBA na London Business School. Durante o curso, fez estágio no escritório do banco em Nova York. "O programa me proporciona a possibilidade de dar um novo direcionamento à minha carreira. Quando voltar, terei portas abertas em diversas áreas da organização", afirma Pripas.

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