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Em dia de calor, abstenção chega a 20% em SP

Somando também brancos e nulos, 2,5 milhões de paulistanos não escolheram prefeito

MARCELO SOARES
DE SÃO PAULO

O domingo ensolarado do segundo turno da eleição paulistana teve dois recordes. Um foi nas seções eleitorais: o maior índice de abstenções desde a introdução da urna eletrônica, em 1996. O segundo é o de dia mais quente do ano, 35,3ºC às 16h.

Somando abstenções e eleitores que votaram em branco ou anularam o voto, mais de 2,5 milhões (dos cerca de 8,6 milhões) dos eleitores aptos não participaram da decisão do novo prefeito.

O recorde anterior num segundo turno foi em 1996, com 24,6% dos eleitores paulistanos. O índice de ontem (29,3%) é maior que os 28,9% que deixaram de votar ou não votaram em ninguém no primeiro turno deste ano.

Embora tenham caído brancos e nulos, as abstenções aumentaram. De 18,5% no primeiro turno, elas passaram para 20% ontem. "Esse número não é irrelevante e será objeto de muitas análises", disse o juiz Henrique Harris Júnior, responsável pela eleição na capital, observando que muitos eleitores de candidatos que ficaram fora da final podem ter deixado de votar.

Por desatualização do cadastro do TRE-SP, não é possível saber quantos eleitores aparecem como abstinentes. Sem um recadastramento eleitoral, os eleitores aptos incluem muitos que se mudaram ou morreram.

Curitiba, que fez o recadastramento neste ano, teve 10% de abstenções ontem. No primeiro turno de 2008, houve 14% de abstenções.

O recorde anterior de ausências em São Paulo num segundo turno municipal foi em 1996: 18%. Naquele ano, Celso Pitta (então no PPB de Paulo Maluf) foi eleito prefeito.

Dentre os paulistanos que foram votar ontem, quase 800 mil rejeitaram as opções dadas: 9,3% dos eleitores votaram em branco ou nulo. As duas opções são desconsideradas no resultado final. No primeiro turno, foram 10,4%.

O recorde anterior era da eleição de 2000, quando 8,3% dos eleitores que foram às urnas rejeitaram escolher entre a agora ministra da Cultura, Marta Suplicy (PT), que venceu a eleição, e o hoje deputado federal Paulo Maluf (PP).

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"É segredo. Não me coloquei em isenção? Isenção é do começo ao fim"
CELSO RUSSOMANNO (PRB), 3º colocado em SP, mantendo seu voto sob sigilo

OBJETO DE DESEJO Uma urna eletrônica foi furtada, antes da votação, na Escola Estadual Professor Francisco de Assis Pires Corrêa, na zona leste da capital paulista

"Escolha os melhores técnicos [...] Se tiver gente boa do PSDB, traga"
GABRIEL CHALITA (PMDB), 4º colocado em SP, sobre qual conselho daria a Haddad

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