São Paulo, 10 de novembro de 1999


Futebol tenta frear influência da droga

da Sucursal do Rio

Para tirar os jovens da área de influência dos traficantes, igrejas e entidades civis oferecem futebol, futebol e futebol.
A igreja Cristo Operário, de Vila Kennedy, mantém uma escola de futebol para 500 alunos, inclusive com participação de meninas. Os jovens são atraídos pela perspectiva de uma vaga nas equipes juvenis do Vasco da Gama, onde o padre José Carlos Lino, pároco da igreja, é capelão.
‘‘Procuro trazer as crianças para a igreja para afastá-las das ruas e do raio de ação dos traficantes de drogas. O futebol é a arma mais eficaz nessa luta’’, diz o padre. Só podem frequentar os cursos de futebol os alunos de 8 a 17 anos com boas notas nas escolas.
O padre diz que, apesar dos esforços para manter os jovens longe dos traficantes, 2 em cada 100 acabam cooptados quando entram na faixa de 13 aos 14 anos.
Futebol também é a receita da Fundação de Direitos Humanos Bento Rubião, organização não-governamental que mantém um curso de futebol com 40 alunos na favela Nova Aliança. Os professores são pagos por uma organização holandesa. (EL)

Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Agência Folha.