São Paulo, 10 de novembro de 1999


Política de remoção de
favelas foi abandonada


da Sucursal do Rio

A política de remoção de favelas no Rio de Janeiro iniciada com a construção das vilas Kennedy e Aliança foi abandonada nos anos 70 por causa do alto custo das remoções e da desorganização econômica que provocou nas famílias. A orientação atual é pela urbanização, em vez da remoção.
‘‘A remoção dos favelados da zona sul para conjuntos habitacionais distantes serviu muito mais à especulação imobiliária do que à solução dos problemas habitacionais da cidade’’, afirma Maria Lúcia Petersen, gerente do programa Favela-Bairro da Secretaria Municipal de Habitação.
“As favelas do Rio estão inseridas nos bairros e há uma interdependência entre as populações”, afirma Petersen. Com as remoções, os porteiros, as empregadas domésticas e outros profissionais que trabalhavam próximos de casa perderam o emprego e não tinham alternativa de ocupação no novo endereço.
‘‘As famílias não conseguiam chegar a seus empregos e muitos deixaram os conjuntos habitacionais para morar em outras favelas próximas da zona sul’’, lembra Petersen. (EL)

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