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VISÃO ADULTA
Em SP, 29% dos adultos são a favor
da Reportagem Local
Pesquisa Datafolha feita com 635
adultos da cidade de São Paulo revela que 29% são a favor do trabalho antes dos 14 anos. A maioria
(61%) é contra.
A pergunta feita pelos pesquisadores explicitava que a Constituição veta o trabalho antes dos 14
anos. Também enumerava os argumentos pró (seria melhor trabalhar do que ficar na rua em más
companhias) e contra (a ocupação
precoce prejudicaria o desenvolvimento da criança).
O resultado mostra que, quanto
maior a necessidade econômica,
mais os adultos defendem o trabalho antes dos 14 anos.
Entre os que têm renda familiar
mensal menor que 10 salários mínimos, 33% são favoráveis ao trabalho de crianças. O número cai
para 20% quando a renda ultrapassa os 20 salários mínimos.
O maior índice dos que são favoráveis se dá entre os que têm só o 1º
grau e têm mais de 41 anos (37%).
São simpáticos à idéia as mulheres
(30% contra 28% dos homens), os
negros (35%) e os que ganham menos de dez mínimos (33%).
Paulistanos que passaram por
curso superior formam o maior
contingente dos que são contra o
trabalho antes dos 14 (73%).
Entre os entrevistados, 5% dizem ter em casa um menor de 14
anos que trabalha. O percentual é
maior entre os que têm 26 e 40
anos (7%) e entre negros (6%).
No Brasil, a Pesquisa Nacional
por Amostragem de Domicílio do
IBGE (Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística),
feita em 1995, contabilizou 3,8 milhões de crianças entre 5 e 14 anos
inseridas no mercado de trabalho.
Elas representam 11,24% do total
de crianças nessa faixa etária.
O número de crianças que trabalham está em queda no país. A
PNAD de 1993 apontava a existência de 4,5 milhões de crianças trabalhadoras entre 5 e 14 anos.
A maior concentração está na região Nordeste (46,2%). A agricultura é o setor que mais emprega
crianças: 55,1%.
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