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Propaganda burla lei e chega aos bailes funk
RAPHAEL GOMIDE
DA SUCURSAL DO RIO
Políticos do Rio aproveitaram a informalidade carioca
para burlar a legislação eleitoral que proíbe atividade
política em clubes e showmícios. Nas populares quadras
de escolas de samba, nos bailes funk e em shows gospel
em favelas, aliados de candidatos conseguem usar brechas para fazer propaganda
política irregular.
Na superlotada quadra da
Estação Primeira de Mangueira, um locutor interrompe a disputa pela escolha do
samba do próximo Carnaval
para pedir votos para o candidato a deputado estadual
Chiquinho da Mangueira
(PMDB). Chiquinho foi secretário de Esportes e presidente da Suderj durante a
gestão do casal Anthony/Rosinha Garotinho.
O candidato ao Senado do
PP Francisco Dornelles também usou o artifício. Na sexta-feira, compareceu a um
show gospel na favela Vigário
Geral (zona norte), para cerca de 5.000 pessoas. Para evitar a caracterização de irregularidade, os cantores saem
de cena para a entrada do
candidato, que pede votos.
À noite, ele iria para a quadra da escola de samba Tradição, em Madureira, onde
seria recebido pelo presidente da agremiação, Nézio, para
evento de apoio a sua candidatura. Na quadra do Império Serrano, mais pedidos de
votos para candidatos nas
noites de samba.
A popular "Mãe Loura" do
Funk, vereadora do Rio Verônica Costa, não é candidata mas está pedindo votos ao
seu público da periferia para
dois diferentes candidatos a
deputado federal -Édson
Santos (PT)- e estadual
-Paulo Ciro (PSDB).
Durante a tarde e a noite
de sexta, Verônica Costa andou pela zona oeste da capital, região de alta concentração de eleitores pedindo votos para seus candidatos. Seu
ex-marido, o dono da equipe
de som Furacão 2000, hoje
brigado com ela, Rômulo
Costa, também está usando
seu grupo de funk para promover candidaturas.
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