|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
BAHIA
Souto tem 51% dos votos válidos, diz Ibope
Se reeleito hoje, pefelista exercerá seu 3º mandato como governador e dará 20 anos de poder consecutivo ao partido no Estado
Carlismo não deve eleger senador, já que há dois favoritos à frente do PFL: um pedetista e um tucano, ambos ex-aliados de ACM
LUIZ FRANCISCO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM SALVADOR
Contra o mesmo adversário
de 2002 -o petista Jaques
Wagner-, o governador Paulo
Souto, 62, tem possibilidade de
manter a hegemonia do PFL na
Bahia já em primeiro turno. Segundo o Ibope divulgado ontem, Souto tem 51% dos votos
válidos -excluídos os brancos
e nulos. Wagner tem 41%, e os
outros candidatos somam 8%.
Desde 1991, os quatro governadores do Estado são filiados
ao PFL: Antonio Carlos Magalhães, César Borges e o próprio
Paulo Souto (duas vezes).
"É verdade que o mesmo grupo dirige a Bahia há 16 anos,
mas houve renovação administrativa. É por isso que os eleitores aprovam a nossa administração, é por isso que estou à
frente nas pesquisas em todo o
Estado", disse Souto.
A eventual vitória dele, que
daria 20 anos de poder consecutivo ao PFL baiano, também
traz mais um dividendo para o
governador, político que nunca
perdeu uma eleição: governar a
Bahia três vezes, igualando a façanha de ACM. No entanto,
Souto leva uma "vantagem" em
relação ao senador -seus três
mandatos, caso seja reeleito,
seriam pelo voto direto. Por
duas vezes, ACM governou a
Bahia de forma biônica.
Derrotando Wagner, Souto
atingiria também o mesmo patamar alcançado por Leonel
Brizola, Miguel Arraes e Tasso
Jereissati, que foram eleitos
governadores por três vezes.
Ex-ministro do governo Lula, Jaques Wagner, 55, nunca
ganhou uma eleição majoritária. Antes de ter sido derrotado
por Souto em 2002, perdeu a
Prefeitura de Camaçari (região
metropolitana de Salvador), cidade onde começou a sua carreira como sindicalista.
Nos últimos quatro meses, o
petista percorreu quase 300 cidades (das 417) e recorreu à popularidade do presidente Lula
para conquistar votos. "As pesquisas demonstram um acentuado crescimento da minha
candidatura. Estou convicto de
que vou disputar o segundo
turno porque os baianos já demonstraram que estão cansados do mesmo modelo político,
que privilegia sempre um mesmo grupo", disse Wagner.
Senado
Mesmo com uma vitória de
Souto, o carlismo pode sair da
eleição com uma fratura -os
dois favoritos ao Senado, o ex-governador João Durval Carneiro (PDT) e o ex-prefeito de
Salvador Antonio Imbassahy
(PSDB) estão à frente do senador Rodolpho Tourinho (PFL).
Desde 1994, todos os senadores
eram aliados de ACM.
Os dois favoritos são ex-carlistas. João Durval rompeu
com ACM há mais de 20 anos.
Imbassahy deixou o carlismo
em 2005, após ter o nome vetado para a disputa ao Senado.
Texto Anterior: Gioás: Quadro indefinido retoma velha disputa PSDB-PMDB no Estadoq Próximo Texto: Rio Grande do Norte: Escândalo do "foliaduto" não derruba Wilma Índice
|