Contato direto com professores é outra vantagem para aprendizado

MARIANA BERGEL
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Poder cursar a faculdade de graça -e ainda com um reforço de R$ 500 na conta bancária- foi o que fez a diferença para que a Uniban (Universidade Bandeirante de São Paulo) subisse ao pódio como a melhor instituição para estagiar.
Um dos requisitos para integrar o time de estagiários, contudo, é ser aluno da instituição. Dos 55 mil estudantes da universidade, apenas 26 integram o programa atualmente.
Para parte dos estagiários, o principal motivador da avaliação "com louvor" é justamente o sonho de ter um diploma.
A estudante de direito Valéria Tourinho, 24, é uma das que personificam esse desejo. Mãe de dois filhos e ex-cabeleireira, Tourinho se diz realizada com a atividade que desempenha. "Cortei muito cabelo e precisei de muita ajuda para estar aqui."
Em sua avaliação, o bom do programa é que os estudantes não apenas tiram fotocópias. "Colocamos a mão na massa. Temos a chance de aprender na prática e de exercer a função antes de nos formar", ressalta.
Vladmir Ferrari Junior, 22, destaca o aspecto financeiro. Aluno de gestão da informação, ele foi convocado para estagiar no dia em que se desligou do trabalho como teleoperador.
"Meus pais teriam dificuldades para custear o curso. Levando em conta a bolsa de estudos, ganho mais aqui do que na empresa anterior", diz.
Segundo a proposta da Uniban, os estagiários apenas executam serviços relacionados à área que estudam.
"Priorizamos a aprendizagem e o respeito a todos eles, que não são meros auxiliares", destaca a diretora de recursos humanos, Jamile Estephan.

Efetivação
Outro ponto diferenciado para os jovens é o contato diário com professores da instituição, o que, segundo Estephan, "possibilita o esclarecimento de dúvidas em relação à aplicação da teoria na prática profissional".
A possibilidade de contratação após o término do programa é outro chamariz. É o que aponta a advogada Adriana Inácia Vieira, 27, que começou a trabalhar na empresa em 2001, no mesmo programa.
Após dois anos de estágio, ao concluir a faculdade, Vieira foi aprovada no exame da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) e efetivada como advogada júnior na Uniban. Em 2006, tornou-se advogada plena.
"Tudo o que aprendi da profissão foi aqui e pretendo permanecer enquanto houver espaço para crescer", diz Vieira. Segundo ela, seu salário atual equivale a dez vezes a quantia que recebia pelo estágio.


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