São Paulo, sexta-feira, 01 de dezembro de 2006

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4º LUGAR EMC BRASIL

Estudantes têm portas abertas em outros países

Fabricante de hardware possibilita viagens e treinamento no exterior

TOMÁS CHIAVERINI
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

No segundo ano da faculdade, uma parte dos estudantes preocupa-se apenas com os exames semestrais e, geralmente, fica satisfeita ao obter uma boa nota do professor.
Mas há também quem circule por edifícios imponentes, tome decisões importantes em multinacionais e veja seu trabalho ser exposto mundo afora.
É esse o caso de Luciana La Regina, 26, estagiária da EMC Brasil -uma das maiores produtoras de hardware no país e quarta colocada entre as melhores empresas para estagiar.
"Aqui não sou apenas uma estagiária brasileira. Meu trabalho já foi exposto no México, na Argentina e na Venezuela", conta La Regina, que há um ano e meio atua na administração.
Segundo a diretora de recursos humanos da EMC, Lycia Fernandes, 36, o fato de a empresa ser multinacional resulta em uma série de diferenciais na fase de recrutamento e seleção.
Assim, são automaticamente desclassificados os candidatos que não tenham inglês fluente e alguma noção de espanhol.
Em compensação, para os que passam, há cursos de idioma e de aperfeiçoamento em diversos países da América Latina e nos Estados Unidos.
Na opinião do estudante Chen Liangliang, 24, do segundo ano de administração, a possibilidade de trabalhar no início da graduação é uma das vantagens do programa. "Estagiei em outra empresa e não tinha tanta liberdade nem benefícios", diz o estagiário.

Eu tenho
Cursando o primeiro ano de engenharia elétrica, Ivo Leonardo de Sousa, 24, afirma não resistir à tentativa de fazer inveja à namorada em decorrência da quantidade de benefícios que recebe. "Muito mais do que ela, que também estagia em uma empresa de tecnologia."
As regalias que ele costuma exibir, diz, vão além de cursos de idioma, treinamento on-line, convênio odontológico e bolsa-auxílio a R$ 7 por hora. Para ele, o grande diferencial é o "modo como o estudante é tratado" -de igual para igual com os demais empregados.
É verdade que, às vezes, a carga de oito horas diárias e a responsabilidade podem ser bem puxadas para um primeiranista. "Eu não obtenho experiência suficiente na faculdade para dar conta do trabalho que faço aqui", observa.
Mas, quando se interessou pela EMC, cuja concorrência é de até 30 candidatos por vaga, ele já sabia que a capacidade de adaptação e o autodidatismo seriam cobrados. "Às vezes é pesado, mas não há como fugir. E, no fim, nós nos acostumamos", conclui.


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