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4º LUGAR EMC BRASIL
Estudantes têm portas abertas em outros países
Fabricante de hardware possibilita viagens e treinamento no exterior
TOMÁS CHIAVERINI
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
No segundo ano da faculdade, uma parte dos estudantes
preocupa-se apenas com os
exames semestrais e, geralmente, fica satisfeita ao obter
uma boa nota do professor.
Mas há também quem circule por edifícios imponentes, tome decisões importantes em
multinacionais e veja seu trabalho ser exposto mundo afora.
É esse o caso de Luciana La
Regina, 26, estagiária da EMC
Brasil -uma das maiores produtoras de hardware no país e
quarta colocada entre as melhores empresas para estagiar.
"Aqui não sou apenas uma
estagiária brasileira. Meu trabalho já foi exposto no México,
na Argentina e na Venezuela",
conta La Regina, que há um ano
e meio atua na administração.
Segundo a diretora de recursos humanos da EMC, Lycia
Fernandes, 36, o fato de a empresa ser multinacional resulta
em uma série de diferenciais na
fase de recrutamento e seleção.
Assim, são automaticamente
desclassificados os candidatos
que não tenham inglês fluente
e alguma noção de espanhol.
Em compensação, para os
que passam, há cursos de idioma e de aperfeiçoamento em
diversos países da América
Latina e nos Estados Unidos.
Na opinião do estudante
Chen Liangliang, 24, do segundo ano de administração, a
possibilidade de trabalhar
no início da graduação é uma
das vantagens do programa.
"Estagiei em outra empresa e
não tinha tanta liberdade nem
benefícios", diz o estagiário.
Eu tenho
Cursando o primeiro ano de
engenharia elétrica, Ivo Leonardo de Sousa, 24, afirma não
resistir à tentativa de fazer inveja à namorada em decorrência da quantidade de benefícios
que recebe. "Muito mais do que
ela, que também estagia em
uma empresa de tecnologia."
As regalias que ele costuma
exibir, diz, vão além de cursos
de idioma, treinamento on-line, convênio odontológico e
bolsa-auxílio a R$ 7 por hora.
Para ele, o grande diferencial é
o "modo como o estudante é
tratado" -de igual para igual
com os demais empregados.
É verdade que, às vezes, a carga de oito horas diárias e a responsabilidade podem ser bem
puxadas para um primeiranista. "Eu não obtenho experiência suficiente na faculdade para
dar conta do trabalho que faço
aqui", observa.
Mas, quando se interessou
pela EMC, cuja concorrência é
de até 30 candidatos por vaga,
ele já sabia que a capacidade de
adaptação e o autodidatismo
seriam cobrados. "Às vezes é
pesado, mas não há como fugir.
E, no fim, nós nos acostumamos", conclui.
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