Atuação em escritórios de clientes como auditores ajuda a fortalecer o vínculo com os estudantes

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Nada de passar horas no comando de fotocopiadoras ou gastar dias inteiros na organização de arquivos mortos. Aliás, nada de passar tardes na empresa. Um dos pontos altos do programa de estágio da Macro Auditoria e Consultoria é o fato de que um aprendiz é valorizado tal como os efetivos.
E como a atividade dos auditores ocorre em campo, nos escritórios dos clientes, é difícil achar um estudante na sede da empresa -quinta colocada entre as melhores para estagiar.
"Não ficamos na mesmice. Cada cliente oferece um dia-a-dia diferente", diz Juliana dos Santos de Brito, 21, estagiária da empresa há nove meses.
Graduandos das áreas de administração, ciências contábeis ou direito, os estagiários da Macro passam por até duas semanas de treinamento. A partir daí, recebem funções nas equipes que realizam auditorias contábeis, tributárias e trabalhistas em diversos setores.
"Tratam-nos do jeito que queremos: como qualquer outro funcionário", ressalta Brito, que estuda ciências contábeis.
O tamanho reduzido é outro fator que torna o programa da empresa diferenciado. Com cerca de 60 funcionários, o ambiente de trabalho apresenta um clima mais informal e aproxima empregados de diretores.
No intuito de aumentar essa integração, os estagiários têm acesso livre a todos os cursos e atualizações disponíveis para os demais funcionários.
"O estágio é o primeiro passo para a carreira em auditoria", assinala o sócio-diretor da empresa Julian Clemente, 42. Segundo ele, há uma grande escassez de auditores no mercado de trabalho e são raros os cursos voltados para a função.
Por isso, destaca, "os profissionais que passam pelo programa de estágio da Macro são valorizados e tendem a continuar na empresa ou migrar para as firmas concorrentes".

Carga pesada
Apesar dos diversos benefícios e do clima informal, a vida durante o ano que dura o estágio na empresa de auditoria não é das mais fáceis. Além de ter de assumir responsabilidades e tarefas que precisam ser aprendidas na prática, os universitários precisam conciliar estudos com jornadas de cerca de oito horas diárias.
Para Brito, a tarefa é praticamente "sobre-humana".
Moradora de Santo André, ela tem de pegar um ônibus e um metrô para chegar à empresa -esforço que se repete na viagem do trabalho à faculdade. Ao todo, apenas no transporte público, chega a gastar cerca de quatro horas por dia. (TC)


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