São Paulo, domingo, 02 de janeiro de 2011 |
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DISTRITO FEDERAL Agnelo promete "limpar Brasília" e demite 15 mil funcionários no DF Além da varredura nos cargos de confiança, petista decretou estado de emergência na saúde Governador alegou falta de recursos em caixa e desistiu de oferecer desconto no pagamento à vista de impostos FERNANDA ODILLA DE BRASÍLIA O governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz (PT), assumiu ontem prometendo restabelecer a ordem na capital "em cem dias". Entre os primeiros atos do governador estão a demissão de 15 mil ocupantes de cargo de confiança e um mutirão para limpar -literalmente- a cidade, com capina e limpeza de bueiros. A operação DF em Ação começa na madrugada de hoje, no terminal rodoviário de Brasília. Para driblar a burocracia e agilizar a liberação de recursos, Agnelo decretou ontem estado de emergência na saúde pública e prometeu reformar e construir imediatamente novas unidades de pronto atendimento. "Nossas prioridades serão saúde pública e limpeza", disse, após a transmissão do cargo e a nomeação dos 31 secretários, no Palácio do Buriti, na capital federal. Diante da necessidade de recursos em caixa, Agnelo informou que desistiu de dar desconto de 10% aos contribuintes que pagarem à vista o IPTU e IPVA, que foi aprovado pela Câmara local. O novo governador afirmou ainda que será "radical" em outra limpeza: o combate à corrupção. Além da exoneração em massa de 95% dos ocupantes de cargos comissionados (sem concurso) para afastar pessoas ligadas às administrações anteriores, Agnelo adiou por cinco dias úteis todos os procedimentos licitatórios em andamento. "Não é aceitável que uma cidade que nasceu para ser modelo seja motivo de achincalhe nacional", discursou o governador. Agnelo prometeu criar um portal da transparência similar ao do governo federal, bem como um serviço 0800 para quem tem contrato com o governo denunciar "abordagens" sob anonimato. Desde novembro de 2009, o DF enfrenta uma crise política que levou o governador José Roberto Arruda (ex-DEM) à prisão, fez o vice Paulo Octavio (DEM) renunciar ao cargo e obrigou a Câmara Legislativa a organizar uma eleição indireta -que elegeu em abril deste ano Rogério Rosso (PMDB) para um mandato tampão. MATO E LIXO Rosso foi criticado por ter administrado a capital com descaso, deixando lixo e mato alto tomarem conta da cidade no último mês. Ontem, ao passar a faixa para seu sucessor, ele disse ter certeza de que entregou uma cidade melhor do que a que recebeu há oito meses. Mas, diante dos problemas no sistema de som do Palácio do Buriti, não resistiu em quebrar o protocolo e dizer: "Além da grama, vai ter que focar no som, Agnelo". Médico de formação, Agnelo trocou o PC do B pelo PT em 2008 com o apoio do Planalto e a promessa de que seria dele a vaga de candidato a governador do DF. Como representante do partido comunista, ele chefiou no governo Lula o Ministério do Esporte (2003 a 2006), quando deixou a pasta para disputar o Senado. Perdeu para Joaquim Roriz, que foi novamente seu mais forte adversário nas últimas eleições. Enquadrado na Lei da Ficha Limpa, Roriz abriu mão de sua candidatura e foi substituído pela mulher, Weslian -2ª colocada. Texto Anterior: Homenagem: José Serra é aplaudido de pé em posse Próximo Texto: Minas Gerais: Anastasia assume em MG para ser vitrine de Aécio Índice | Comunicar Erros |
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