São Paulo, segunda-feira, 02 de outubro de 2006

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Tasso diz que país abriu olhos para corrupção

KAMILA FERNANDES
DA AGÊNCIA FOLHA, EM FORTALEZA

O presidente nacional do PSDB, Tasso Jereissati, afirmou, logo após a confirmação do segundo turno na disputa pela Presidência da República, que o resultado mostra que o país despertou e que agora o desafio do partido é fazer com que "esse despertar se torne uma grande indignação nacional".
"A corrupção não é normal no Brasil, essa podridão que está havendo, de hábitos e costumes, não é uma coisa compatível com a cultura brasileira, e parecia que o país estava anestesiado. E o país acordou e eu acho que esse despertar promete um segundo turno muito diferente do que foi o primeiro", disse, no comitê que montou para Alckmin em Fortaleza.
Tasso só falou depois que o próprio Planalto reconheceu o resultado e depois de falar com Alckmin por telefone. "Está feliz?", perguntou Tasso ao candidato. Segundo ele, Alckmin estava eufórico e já planeja o segundo turno.
Também está nos planos do PSDB, segundo Tasso, procurar Cristovam Buarque (PDT) e Heloisa Helena (PSOL) para montar o que ele chamou de "movimento nacional contra a corrupção". A ida de Alckmin para o segundo turno é uma vitória particular de Tasso, que liderou sozinho a campanha dele no Ceará, onde o candidato tucano, o governador Lúcio Alcântara, que perdeu para Cid Gomes (PSB), descolou sua propaganda da candidatura do PSDB à Presidência.
Tal estratégia, aliás, foi tomada por outras candidaturas em outros Estados, segundo Tasso, que cita Sergipe, onde o candidato ao governo apoiado pelo PSDB, João Alves (PFL), vinculou sua campanha à de Alckmin. "E lá deu quase empate entre o Alckmin e o Lula", disse.


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