São Paulo, segunda-feira, 02 de outubro de 2006

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ALAGOAS

Teotonio Vilela Filho vence com 65% dos votos

SÍLVIA FREIRE
DA AGÊNCIA FOLHA, EM MACEIÓ

Com 99,81% dos votos apurados, o candidato Teotônio Vilela Filho (PSDB) liderava a disputa para o governo do Estado de Alagoas com 55,87% dos votos válidos, o que deu ao tucano a vitória no primeiro turno da eleição. Enquanto isso, o candidato adversário que estava em segundo lugar, João Lyra (PTB), obtinha 30,50% dos votos válidos.
Teotônio Vilela Filho (PSDB) votou no final da manhã, acompanhado pelo presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e pelo ex-governador Ronaldo Lessa (PDT-AL), que disputa o Senado.
João Lyra votou à tarde, acompanhado da filha Lourdinha Lyra, vice-prefeita de Maceió, do prefeito da capital, Cícero Almeida (PTB), e do candidato a deputado federal Augusto Farias (PTB).
Depois de uma campanha acirrada, os dois principais candidatos na disputa disseram ontem que acreditavam na vitória no primeiro turno e não quiseram comentar as articulações em torno de apoios num eventual segundo turno.

Usineiros
Pela primeira vez no Estado, dois usineiros disputam o governo de Alagoas. Nos pleitos anteriores, o setor sucroalcooleiro, principal atividade econômica do Estado, apoiava financeiramente nomes que o representasse.
Para o presidente do Senado, que apoiou a candidatura de Vilela Filho, a campanha eleitoral deste ano no Estado foi uma das mais violentas.
Pelo histórico de violência no período eleitoral no Estado de Alagoas, havia a preocupação da Justiça Eleitoral em coibir a compra de voto e a intimidação de eleitores.
Em 20 dos 102 municípios do Estado houve envio de tropas do Exército para reforçar a segurança. A Polícia Federal enviou representantes a cinco municípios do interior.
O dia da eleição foi tranqüilo e sem registro de violência, segundo o secretário de Defesa Social do Estado, Ronaldo dos Santos. Seis pessoas foram detidas no Estado, acusadas de compra de voto. Houve, no entanto, algumas ocorrências de boca-de-urna e de transporte irregular de eleitores.
A Polícia Federal recebeu inúmeras denúncias anônimas de compra de voto, mas na maioria delas não foi possível caracterizar o crime. O balanço das ocorrências em todo o Estado será divulgado hoje.

Violência
Anteontem à noite, o sítio onde mora o presidente do PPS-AL e candidato a deputado federal, Régis Cavalcante, foi invadido por quatro homens encapuzados que trocaram tiros com o caseiro.
A mulher e a filha do candidato estavam em casa no momento do ataque. Ele não descartou a possibilidade de o episódio ter motivação política. "Como o Estado é muito violento, com crimes políticos, temos que ter precaução", disse.
Anteontem, um helicóptero com o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB) e Teotonio Vilela teve uma pane e caiu de altura entre cinco e três metros quando pousava no aeroporto de Arapiraca (120 km de Maceió).
O acidente, que não teve feridos e avariou apenas a parte inferior da aeronave, levantou a suspeita de um possível ato criminoso. "Peço a Deus que não tenha sido sabotagem. Era só o que faltava depois de uma campanha com assassinatos, pressões, intimidações, mais uma sabotagem", disse o presidente do Senado.
Calheiros disse que comunicou o fato à Polícia Federal e a Polícia do Senado. Ele e Vilela Filho saíram de Maceió ontem pela manhã em direção a Arapiraca, onde estava prevista uma caminhada com militantes. Apesar da queda, a agenda de campanha foi mantida.


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