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Eleições 2006 - Presidência
PT escala vencedores para abrir fogo contra "retrocesso" tucano
Eleitos, Jaques Wagner, Marcelo Déda e Ciro Gomes vão se dedicar exclusivamente à campanha à reeleição de Lula
Ontem, o ex-ministro da Integração Nacional e o coordenador da campanha do petista fizeram menção à "privataria" da gestão FHC
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Após uma reunião do conselho político no Palácio da Alvorada, o comando da campanha
do presidente Luiz Inácio Lula
da Silva e aliados partiram ontem para o ataque contra adversários tucano-pefelistas e
falaram em "coalizão" de forças
para o segundo turno com o objetivo de evitar "retrocessos".
Além disso, a campanha ganhou o reforço de três vencedores na eleição que trabalharão
diretamente na campanha de
Lula: Ciro Gomes (PSB-CE),
candidato a deputado federal
proporcionalmente mais votado no país, e os governadores
eleitos Jaques Wagner (BA) e
Marcelo Déda (SE).
O coordenador-geral da campanha, Marco Aurélio Garcia,
falou em trabalhar para "levar
adiante o programa de transformação social" de Lula e "impedir um retrocesso muito
grande". "Sobretudo não vamos permitir a volta do governo da privataria", afirmou.
Ciro disse que o país não pode esquecer a responsabilidade
da coalizão PSDB-PFL no que
ele classificou de "graves escândalos". Citou CPIs abafadas,
além de casos como Marka e
Fonte/Cindam e a "privataria
do sistema telefônico".
"Se a discussão ética tomou o
relevo que tomou, vamos tratá-la. Não creio que seja ético explorar escândalos que merecem severa apuração e punição
para manipular consciências.
Isso não é ético", disse Ciro, se
referindo indiretamente ao caso do dossiê contra tucanos.
"Se houve falhas, vamos corrigi-las. Não é razoável que o
país seja induzido a esquecer
que essa gente da coalizão
PSDB-PFL são os recentes responsáveis pelos mais graves escândalos impunes da história
republicana brasileira."
A mesma linha seguiu o líder
do governo na Câmara, deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP).
"Evidentemente a oposição vai
insistir no tema da corrupção.
Mas, quando fizer isso, vai sobrar para a oposição. Porque se
tem alguém que tem envolvimento com os sanguessugas é a
oposição. Tudo começou no governo passado", disse.
Hoje à tarde deve ser a vez do
ex-ministro e governador eleito da Bahia, Jaques Wagner, estrear na defesa da campanha de
Lula no segundo turno. Ele
concederá entrevista no comitê
em Brasília ao lado de Garcia.
O coordenador reforçou a
tentativa de maior aproximação com o PMDB, mas negou
que já haja discussão de cargos
em um segundo mandato.
Na reunião do conselho, estiveram presentes os peemedebistas Renan Calheiros, José
Sarney e Jader Barbalho.
(LUCIA NA CONSTANTINO E FÁBIO ZANINI)
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