São Paulo, terça-feira, 03 de outubro de 2006

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Eleições 2006 - Presidência

PT escala vencedores para abrir fogo contra "retrocesso" tucano

Eleitos, Jaques Wagner, Marcelo Déda e Ciro Gomes vão se dedicar exclusivamente à campanha à reeleição de Lula

Ontem, o ex-ministro da Integração Nacional e o coordenador da campanha do petista fizeram menção à "privataria" da gestão FHC

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Após uma reunião do conselho político no Palácio da Alvorada, o comando da campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e aliados partiram ontem para o ataque contra adversários tucano-pefelistas e falaram em "coalizão" de forças para o segundo turno com o objetivo de evitar "retrocessos".
Além disso, a campanha ganhou o reforço de três vencedores na eleição que trabalharão diretamente na campanha de Lula: Ciro Gomes (PSB-CE), candidato a deputado federal proporcionalmente mais votado no país, e os governadores eleitos Jaques Wagner (BA) e Marcelo Déda (SE).
O coordenador-geral da campanha, Marco Aurélio Garcia, falou em trabalhar para "levar adiante o programa de transformação social" de Lula e "impedir um retrocesso muito grande". "Sobretudo não vamos permitir a volta do governo da privataria", afirmou.
Ciro disse que o país não pode esquecer a responsabilidade da coalizão PSDB-PFL no que ele classificou de "graves escândalos". Citou CPIs abafadas, além de casos como Marka e Fonte/Cindam e a "privataria do sistema telefônico".
"Se a discussão ética tomou o relevo que tomou, vamos tratá-la. Não creio que seja ético explorar escândalos que merecem severa apuração e punição para manipular consciências. Isso não é ético", disse Ciro, se referindo indiretamente ao caso do dossiê contra tucanos.
"Se houve falhas, vamos corrigi-las. Não é razoável que o país seja induzido a esquecer que essa gente da coalizão PSDB-PFL são os recentes responsáveis pelos mais graves escândalos impunes da história republicana brasileira."
A mesma linha seguiu o líder do governo na Câmara, deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP). "Evidentemente a oposição vai insistir no tema da corrupção. Mas, quando fizer isso, vai sobrar para a oposição. Porque se tem alguém que tem envolvimento com os sanguessugas é a oposição. Tudo começou no governo passado", disse.
Hoje à tarde deve ser a vez do ex-ministro e governador eleito da Bahia, Jaques Wagner, estrear na defesa da campanha de Lula no segundo turno. Ele concederá entrevista no comitê em Brasília ao lado de Garcia.
O coordenador reforçou a tentativa de maior aproximação com o PMDB, mas negou que já haja discussão de cargos em um segundo mandato.
Na reunião do conselho, estiveram presentes os peemedebistas Renan Calheiros, José Sarney e Jader Barbalho. (LUCIA NA CONSTANTINO E FÁBIO ZANINI)


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