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Prejuízo líquido
TROCAR AVELHA DESCARGA E O CHUVEIRO GASTÃO
PODE FAZER A CONTA DE ÁGUA DESPENCAR
EDUARDO GERAQUE
DE SÃO PAULO
Na próxima vez que você
entrar no banheiro de sua casa, olhe o vaso sanitário.
Se ele for equipado com a
velha válvula de parede, o
equipamento estará fazendo
mal tanto para o ambiente
quanto para o seu bolso.
Durante um mês, os disparos dos botões da descarga
podem representar 30% do
consumo de uma casa.
"Esse é um ponto importante a ser atacado. Existem
tecnologias no mercado que
não custam mais caro que as
tradicionais, e podem atenuar o problema", diz Martha Nader, arquiteta especializada em sustentabilidade.
Uma válvula de parede joga esgoto abaixo com dois litros de água/segundo. Em
dez segundos são 20 litros.
Se cada membro de uma
família de quatro pessoas for
duas vezes ao banheiro por
dia, em um mês, serão gastos, apenas com a descarga,
4,8 mil litros de água.
"Hoje, com as caixas acopladas de duplo acionamento [para urina e fezes], de três
e seis litros, a economia pode
ser brutal", diz Nader.
No exemplo da típica família brasileira, apenas com a
água usada no vaso sanitário, a troca de descarga poderia gerar uma redução de
80% no consumo de água.
Para não sair do banheiro,
o chuveiro é o segundo item
que precisa ser avaliado.
Em todas as lojas especializadas existem equipamentos baratos, chamados de redutores de vazão, que contribuem para baixar o consumo
de água. Quem toma banho
simplesmente, não percebe
grande diferença, talvez apenas melhora na pressão da
ducha. Mas quem paga a
conta de água, certamente
vai adorar a mudança.
Estimativas feitas pela Sabesp mostram que a redução
no consumo de água de uma
casa pode variar de 32% a
62% no final de um mês.
Somadas, a água usada na
descarga e no banho podem
representar 50% da conta de
uma residência tradicional.
FIM DO PINGA-PINGA
Você trocou as descargas e
os chuveiros por equipamentos menos perdulários. A reforma contemplou ainda torneiras mais econômicas e
uma nova máquina de lavar
-alguns modelos lavam cinco quilos de roupa com mais
de 100 litros de água. Um
exagero, dizem os técnicos.
Mesmo assim, ainda há o
que fazer para poupar água.
Numa cidade como São Paulo, onde chove muito no verão, um projeto para captar e
reutilizar a água da chuva,
por exemplo, poderia reduzir
ainda mais o consumo.
"Nosso índice pluviométrico é alto. De dezembro a
março é perfeitamente viável
montar um sistema para não
gastar um centavo com água
para descargas", diz Nader.
Ainda resta outra ação factível: uma boa revisão nos
banheiros e na cozinha acaba com o famoso pinga-pinga das torneiras e baixa o
consumo em mais 15%.
50%
Da conta de água de sua casa correspondem ao banho da família
e à quantidade de descargas dadas durante o mês
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