DA REPORTAGEM LOCAL

Vereador mais votado desta eleição, com 165.880 votos, José Aníbal (PSDB) diz que fez apenas seis semanas de campanha e não esperava o resultado.
Sobre sua atuação, afirma que a Câmara precisa discutir a cidade, não apenas "encaminhar pedidos de creches". (PDL)
 

Folha - O senhor foi disparado o vereador mais votado da cidade, como ocorreu com um petista em 2000. O senhor se considera um novo José Eduardo Cardozo?
José Aníbal - Não, eu nem era candidato. Fiz o esboço do programa de governo do Serra e entreguei no final de julho. Houve muita pressão e lancei minha candidatura em agosto. Foram seis semanas de campanha.
Fui a muitos lugares da cidade e senti que a recepção era boa, o diálogo foi muito profícuo.

Folha - Mas o senhor esperava essa votação?
Aníbal - Não, pois o tempo foi muito curto. Achei que não ia dar para fixar o meu número.

Folha - Mas esperava ser eleito.
Aníbal - Eleito eu esperava. Recebi muitos apoios, no final havia 2.000 pessoas envolvidas na campanha. Passei o sábado conversando em favelas.

Folha - Com Serra eleito, o senhor prefere a presidência da Câmara ou a secretaria de Governo?
Aníbal - Fico na Câmara. E a partir de amanhã quero estar muito presente na campanha do Serra.

Folha - Mas e a presidência?
Aníbal - Isso é um processo. Não vou falar disso agora.

Folha - É a maior bancada da história do PSDB.
Aníbal - De longe. A Câmara está muito desafiada a ampliar sua interlocução com a cidade, discutir os temas. Não é só encaminhar pedidos de construção de creches para o Executivo, é definir políticas públicas.


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