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FORA DO CARDÁPIO
Após encontro com presidente, senadores do PFL e PSDB tiveram desempenho ruim nas urnas
Jantar com Lula foi indigesto para oposição
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O jantar com o presidente Luiz
Inácio Lula da Silva às vésperas
da eleição não rendeu os frutos
esperados pelos senadores do
PFL e do PSDB que apesar de integrarem partidos de oposição
são alinhados com o governo.
Embora tenham saído derrotados das urnas, eles descartam
um efeito direto entre o encontro e o resultado eleitoral.
Os senadores Eduardo Siqueira Campos (PSDB-TO) e João
Ribeiro (PFL-TO) viram sua
candidata em Palmas perder para o PT. Em São Luís (MA), o
candidato dos senadores Roseana Sarney (PFL) e Edison Lobão
(PFL) ficou em terceiro lugar.
O grupo do senador Antonio
Carlos Magalhães (PFL-BA)
quase viu seu candidato em Salvador, o senador César Borges
(PFL), que também compareceu
ao jantar com o presidente, ficar
de fora do segundo turno.
Sarney
"Não posso concluir que de
um simples jantar com o presidente possa decorrer fatos políticos dessa profundidade", afirmou o presidente do Senado Federal, senador José Sarney
(PMDB-AP), que viu seu grupo
político ser derrotado em São
Luís (MA).
Sarney refutou a análise de que
está entre as oligarquias que saíram enfraquecidas das eleições
municipais. "Primeiro eu devo
recusar essa situação de oligarca.
Eu não me sinto muito bem nela.
Em segundo lugar é uma leitura
errada porque 90% das prefeituras do Estado foram feitas pelas
forças que nos apóiam", disse.
Oposição
Sarney afirmou ainda que o
prefeito da capital São Luís sempre foi eleito pela oposição.
"Acho que é uma maneira que o
eleitor tem de equilibrar as coisas", disse o senador.
De acordo com o deputado
Antonio Carlos Magalhães Neto
(PFL-BA), é uma tradição do PT
crescer na reta final da campanha em Salvador, como aconteceu este ano com o candidato
Nelson Pellegrino, que ameaçou
o segundo lugar de César Borges
com uma diferença de apenas
3.000 votos.
"O jantar não deu nem tirou
nada, o efeito do jantar foi nulo.
Naquele instante talvez tenha sido ruim para o Pellegrino, mas
com a repercussão a militância
[petista] se engajou e ele cresceu
na reta final, como é tradição na
Bahia", disse ACM Neto.
(FERNANDA KRAKOVICS)
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