São Paulo, domingo, 05 de outubro de 2008

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MINERAÇÃO

Empresas escavam GESTOR especializado

Aperfeiçoamento gerencial e em exploração mineral é valorizado

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Quando se trata de mineração, não é preciso prospectar muito para achar oportunidades de fazer uma boa carreira. Em expansão em todo o mundo, o setor demanda energia e idéias dos mais novos.
"Há quatro anos, explodiram os preços das commodities minerais, com destaque para o ano passado, quando quadruplicaram", diz Onildo Marini, secretário-executivo da Adinb (Agência para o Desenvolvimento Tecnológico da Indústria Mineral Brasileira).
Ele conta que muitas minas que estavam fechadas foram reativadas. Bom para geólogos, geofísicos, geoquímicos e engenheiros de minas e mecânicos, muito requisitados.
A Vale é uma das companhias que atraem bastante os jovens, segundo Denise Barreto, sócia-diretora da consultoria Gnext.
"Ela consome grande parte da mão-de-obra qualificada do país e, muitas vezes, precisa ir buscá-la em outros segmentos correlatos", avalia.
O crescimento da demanda por minerais no mundo todo tem provocado novos investimentos em jazidas que estavam paradas no Brasil. "Há até empresas estrangeiras no mercado brasileiro", conta Barreto.
A Anglo American é uma delas. Anunciou no final de 2006 a aprovação de um projeto para produzir níquel em Barro Alto, em Goiás, com investimento previsto de US$ 1,5 bilhão.
Durante a fase de construção, o empreendimento gerará mais de 4.000 empregos diretos e, na fase de operação, 780 novos postos de trabalho.

Especialização
Além da graduação, esses profissionais vão precisar se especializar em exploração mineral, aconselha Marini. As próprias empresas estão investindo bastante em treinamento.
A Vale tem oito programas de formação, a maioria deles para treinamento interno.
"Gostamos muito mais de formar do que de buscar no mercado, mas isso não significa que não trazemos talentos de fora também", diz Tatiana Matos, coordenadora de educação profissional da empresa.
Os mais procurados são engenheiros de minas e geólogos. Neste ano, a Vale criou um programa de especialização profissional para quem não trabalha na empresa, tem de 25 a 30 anos e mostra interesse em investir em uma carreira técnica, com possibilidade de assumir cargos gerenciais.
Depois de três meses de treinamento, os melhores alunos são contratados. "A primeira turma [com cerca de 35 alunos] já terminou, e todos foram aproveitados." (RGV)


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