São Paulo, domingo, 05 de outubro de 2008

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CONSTRUÇÃO CIVIL

Recém-formados SUSTENTAM crescimento do setor

Obras pesadas oferecem as melhores oportunidades

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Investimentos de empresas e do governo e abundante oferta de crédito tiraram a construção civil da estagnação de anos e transformaram o setor em um dos campeões de crescimento.
De janeiro a junho deste ano, a expansão foi de 12,5%, e a projeção para o ano que vem é de 9%, segundo cálculos do SindusCon-SP (Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo).
Para sustentar a multiplicação de canteiros de obras, os olhos se voltam para os jovens engenheiros, já que faltam profissionais com a qualificação necessária no mercado.
Há alta em todas as frentes: infra-estrutura, montagem industrial e ramo imobiliário, avalia o consultor Nilton Vargas, 62, especialista em gestão e formação de mão-de-obra para o segmento. Ele comenta que é na construção pesada que estão as melhores oportunidades de carreira e remuneração para o engenheiro civil.
"Em grandes obras há volume grande de trabalho e de rentabilidade. Os desafios são maiores, e o salário, também."

Formação diversificada
O mercado valoriza quem tem formação mais ampla. Segundo Haruo Ishikawa, 56, vice-presidente de relação capital e trabalho do SindusCon-SP, a construção de um prédio envolve cerca de 40 tipos de serviço, desde a fundação até a entrega das chaves.
O reaquecimento do setor torna a ascensão mais rápida. "Temos queimado algumas etapas e lançado profissionais novos para desafios maiores por falta de mão-de-obra especializada", comenta Paulo Quaresma, 40, responsável por organização e pessoas da construtora Norberto Odebrecht.
Ele comenta que, das 750 pessoas empregadas nas áreas estratégicas da empresa, 127 têm entre 23 e 31 anos. "São desde trainees até diretores", afirma Quaresma.
"Atuamos em 19 países e em todas as regiões do Brasil. O profissional que não tiver disponibilidade para sair de São Paulo não serve", completa.
Lá, um engenheiro iniciante, com 25 anos, em média, recebe um salário inicial entre R$ 6.000 e R$ 7.000.
Os projetos imobiliários devem continuar aquecidos. "Calculamos o déficit habitacional em 7,9 milhões de moradias. Com investimentos do governo, levaria cerca de 20 anos para equacionar o problema", avalia Ishikawa. (ECL)


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