São Paulo, domingo, 07 de julho de 2002

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CIRO

DA REPORTAGEM LOCAL

O jovem Ciro Gomes tinha um pé na rebeldia e outro na tradição. Baterista da SQ Som, uma banda "metida a rock", como descrevem os amigos, também chegou a fazer românticas serenatas pela cidade de Sobral, em companhia de um saxofonista.
Desafinado, adotava métodos pouco ortodoxos de conquista. Substituía, por exemplo, sua presença pela de um gravador estrategicamente posicionado sob a janela da escolhida.
Invejado hoje por namorar a atriz Patrícia Pillar, é descrito como o galã da turma desde a adolescência. Despreocupado em levar um ""ferrolho", termo usado na época para definir uma recusa feminina, estava sempre disposto a arriscar, segundo o vizinho de bairro e amigo de infância Raimundo Oman Carneiro Filho.
"Atrevidos, podíamos tomar dez foras, mas insistíamos e acabávamos pegando uma garota", explica, bem-humorado.
"Como homem, sentíamos um pouco de inveja do Ciro porque, se ele queria namorar uma moça, conseguia. Era seguro de si", reitera Osterne Feitosa, colega do presidenciável na Universidade Federal do Ceará.
Tão seguro que, desleixado com a aparência, não ligava em vestir calças excessivamente largas. "Um clássico brega -calça frouxa com tênis. A cara dele", lembra Feitosa.
Recorda-se, ainda, de uma camisa do Flamengo, "que Ciro usou 24 horas por dia, durante um ano. Dizíamos que, se ele saísse sem ela, ela iria atrás". Exceção mesmo, só o sapato de cromo alemão, adquirido com o salário de seu primeiro estágio.


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