São Paulo, domingo, 07 de setembro de 2008

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ONGs melhoram relações entre vizinhos

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Quando equilibrava bolas de tênis em um semáforo no Itaim Bibi, há quatro anos, José Antenor de Souza, 23, nem imaginava que um dia daria aulas para um público parecido com o que entretinha no sinal vermelho.
Morador do Grajaú, ele foi um dos muitos que saiu da situação de vulnerabilidade com a ajuda de projetos sociais organizados pela comunidade.
Na região, 37% afirmaram participar de organizações ou movimentos sociais. O extremo sul é o local da cidade onde mais pessoas (7%) participam de associações de bairro. A média paulistana é de 5,6%.
O ex-malabarista conheceu o tênis, esporte do qual tornou-se professor, por meio da ONG Favela Open, que promove torneios no Capão Redondo e foi idealizada por Jorge Nascimento, que morava no distrito.
No vizinho Jardim Ângela, considerado o local mais violento do mundo pela ONU em 1996, há 150 ONGs, estima Joel Costa, da Sociedade Santos Mártires. Morador do distrito desde o final dos anos 1980, Costa convivia com chacinas freqüentes. "Vivíamos em uma roleta-russa. As pessoas da própria comunidade começaram a se organizar, despertou-se essa necessidade. As ações aproximaram o poder público."
A relação entre vizinhos também melhorou. No Jardim Ângela, a vizinhança foi eleita a principal qualidade (18%). Na região, foi a terceira qualidade mais mencionada (11%). (TB)


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