São Paulo, domingo, 07 de setembro de 2008

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Transporte ao Grajaú inclui até balsa

Carol Guedes/Folha Imagem
Balsa sai da ilha do Bororé, na represa Billings, levando ônibus

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Região com os distritos mais distantes do centro, o extremo sul fica ainda mais longe para quem atravessa águas, terra, buracos e corredores sem vias alternativas. A nota às opções de transporte é 5,4, pior entre as regiões. O tempo até ao trabalho é de 44,6 minutos (a média de SP é de 37,4).
O Grajaú, distrito mais povoado da cidade, com 420 mil moradores, é o que registrou pior avaliação ao transporte na cidade (nota 4,2) e o recordista paulistano em tempo de deslocamento: 61,9 minutos.
É lá que começa a odisséia do vendedor Ailson do Nascimento, 19. Ele sai às 4h30 da ilha do Bororé - na verdade, uma península na represa Billings- em um ônibus que precisa subir numa balsa para atravessar a água. Quando ela enguiça, os motoristas desviam pela avenida Paulo Guilguer Reimberg -ou "Poeirinha", como a chamam -, demorando mais 20 minutos. Ailson ainda pega um trem e outro ônibus até a Consolação, num percurso de 40 km e mais de duas horas.
O extremo sul, com pouco mais de um quinto da população municipal, concentra 48% das viagens de ônibus, segundo a SPTrans. A superlotação acabou em violência em março, quando passageiros que não conseguiam embarcar depredaram coletivos na estrada do M'Boi-Mirim, principal acesso ao Jardim Ângela -distrito com a segunda pior nota ao transporte (4,3). (JP)


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