São Paulo, domingo, 07 de outubro de 2007

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Engenharia

Desafios ajudam a avançar na profissão

Carlos Hermanny responde por obras da Odebrech tem 150 países

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

O engenheiro civil Carlos Hermanny, 55, é hoje diretor de engenharia da Construtora Norberto Odebrecht. Isso significa que ele responde por cerca de 150 contratos espalhados por 15 países. Mesmo lotado em um escritório, como ele diz, o que Hermanny gosta mesmo de fazer é estar na obra. E sempre foi assim, desde que começou na empresa, há 22 anos.
Contrariando sua expectativa, o primeiro emprego de Hermanny foi longe da obra, na área comercial.
"Aprendi coisas que não via na faculdade: relação comprestadores de serviço, leiturado que o cliente pedia na proposta. Seis meses depois, eu tinha noção do quanto custa fazer as coisas e por quanto eu posso vendê-las. Na minha carreira,isso fez uma diferença enorme", conta. Passados alguns meses no comercial, Carlos conseguiu o que queria: sair do escritório.
Foi para o Rio de Janeiro, trabalhar em uma obra. A partir daí, sua trajetória se espalhou por outros países, como Chile, Argentina e Malásia.

Decisão
Oito anos depois de sair do país, Carlos resolveu voltar, a pedido da família. "Eu tinha perspectiva de ir para Portugal, Peru e Angola, via minha carreira fora. Eu interrompi meu crescimento, mas valeu minha família", diz, emocionado.
De volta da Ásia, ele se instalou com a família na Bahia, onde trabalhou em um projeto de uma hidrelétrica.
Depois de algumas negativas a um convite para que voltasse a trabalhar no "escritório", em São Paulo, Carlos aceitou um acordo. Se o projeto que estava desenvolvendo no México não desse certo, ele trabalharia, durante um ano, na organização da estrutura da empresa. E foi o que aconteceu, mas não por apenas um ano. Desde 2003, Hermanny está no cargo de diretor de engenharia.
"Eu achava que estavam me exilando, que eu seria um come-e-dorme que não faz nada. Sempre tive ojeriza a escritório central." Mas, para surpresa do engenheiro, as coisas foram diferentes.
Na nova função, Carlos passou a oferecer sua experiência às obras da empresa. E foi muito requisitado.
"Aprendi muito. Fui para o Irã, o Iraque, a Líbia e Angola. De 2003 a 2005, passei metade do tempo no exterior. Quando me colocaram à disposição para ajudar _nos contratos, na engenharia e na análise de risco_, tinha fila na agenda."
Mas, como o que gosta mesmo de fazer é trabalhar na obra, Carlos faz planos para um futuro próximo."Eu já tenho minha nova meta. Em dois anos,quero irpara o exterior e voltar a fazer o que sempre quis: ser um diretor de contrato no exterior."
Ele dá o conselho de não desistir antes de tentar. "Quando aceitei meus desafios, tinha absoluta certeza de que eu não daria conta do recado. Mas foi a forma mais interessante que achei para crescer." (JN)


Texto Anterior: Pergunta do calouro
Próximo Texto: Habilitação é o adjetivo da graduação
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.