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São Paulo, sábado, 08 de março de 2003

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CASOS REAIS

Em 2000, nos Estados Unidos, seis crianças (de 0 a 14 anos) morreram e 797 ficaram feridas, diariamente, em acidentes de trânsito

Dispositivos viram "anjos da guarda" em acidentes

FREE-LANCE PARA A FOLHA

A família da ascensorista Luzinete Alves Maceira voltava de carro da Bahia para São Paulo quando um outro veículo, ao fazer um retorno na rodovia, acabou entrando na contramão da pista. Os dois carros bateram de frente.
Sua filha Janaína, 8, que estava presa ao cinto abdominal, deitada no banco de trás, sofreu graves lesões no abdome. Ela precisou fazer uma cirurgia para reconstruir o pâncreas e retirar o baço.
"Por sorte, o socorro foi rápido", lembra a mãe, que agora transporta a menina sentada sobre uma almofada e presa ao cinto de três pontos. Justifica o procedimento, desaconselhado pelos especialistas, dizendo que não pode arcar com o preço de um booster (assento que aumenta a altura).
Segundo a ONG Criança Segura, crianças de 18 kg a 36 kg (entre 4 e 10 anos) devem usar o booster. O cinto de segurança para adulto, sozinho, não as protege dos traumas de um acidente. Para que uma criança fique segura usando somente o cinto, ela deve ter altura suficiente (cerca de 1,45 m).
Certificar-se verificando se os cintos de segurança se encaixam nela corretamente. O de dois pontos deve se ajustar de um lado a outro no quadril, não no estômago. O de três pontos deve cruzar o centro do ombro, não o pescoço ou a garganta. O booster, encontrado em lojas de puericultura, pode custar menos de R$ 40.

Colo não é seguro
Ninguém espera sofrer um acidente com o veículo parado, mas foi exatamente o que aconteceu com a psicóloga Rita Villela.
Ela e o marido estavam em seu carro, num semáforo da avenida Paulista, quando outro veículo bateu na traseira. Sua filha, Mariana, então com dez dias, nem foi acordada pelo choque: estava em um bebê-conforto, preso aos cintos do banco de trás.
"Eu havia conhecido uma integrante da ONG Criança Segura, que me convenceu a comprar o equipamento. Se não fosse por ela, eu não teria comprado. Sempre carreguei meu primeiro filho no colo, achava mais seguro", diz.
Achar que o colo é seguro dentro do carro é apenas um dos muitos mitos que povoam a mente das mães. Outro erro comum é permitir que a criança fique sem o cinto ou fora da cadeirinha em trechos curtos, perto de casa.
Segundo o Departamento Nacional de Tráfego Americano, 75% dos acidentes ocorrem num raio de 30 km da casa do motorista, quando as pessoas estão mais relaxadas e distraídas. (RGV)


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