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São Paulo, sábado, 08 de março de 2003

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Especialistas criticam cinto para crianças

FREE-LANCE PARA A FOLHA

Líder de vendas, o cinto de segurança infantil é um acessório controverso. Apesar de ser a opção de quem não consegue manter os filhos na cadeirinha, ele é criticado pelos especialistas.
"Os cintos infantis não fixam a criança ao assento do veículo, deixando-a solta no carro. Em caso de colisão, a criança pode se chocar contra o banco da frente, os vidros laterais ou até o teto do veículo", afirma o cirurgião pediátrico do Hospital das Clínicas de São Paulo João Maksoud Filho.
Segundo Marcus Romaro, professor do curso de extensão universitária em segurança veicular da Unicamp e engenheiro da GM, num impacto, além da colisão do carro com o obstáculo e dos corpos das pessoas com o interior do carro, ocorre a colisão dos órgãos internos com a estrutura óssea.
"Por isso, é importante que todo ocupante fique no lugar, evitando a movimentação por inércia."

Testes
"Na hora do impacto, a principal função da cadeirinha é proteger a coluna cervical e a cabeça da criança", diz a coordenadora da ONG Criança Segura, Luciana O'Reilly. "O cinto infantil não protege essas partes."
Segundo a especialista em medicina de tráfego Regina Pirito, para que um dispositivo de segurança infantil seja confiável, é necessário que seja certificado e aprovado em testes de resistência.
"Os cintos de segurança para crianças não foram submetidos a esses testes. Portanto, na prática, não têm sua eficiência demonstrada. Eles dão total liberdade de movimentos, a criança pode até se deitar no banco do automóvel."


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