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Especialistas criticam cinto para crianças
FREE-LANCE PARA A FOLHA
Líder de vendas, o cinto de segurança infantil é um acessório
controverso. Apesar de ser a opção de quem não consegue manter os filhos na cadeirinha, ele é
criticado pelos especialistas.
"Os cintos infantis não fixam a
criança ao assento do veículo, deixando-a solta no carro. Em caso
de colisão, a criança pode se chocar contra o banco da frente, os vidros laterais ou até o teto do veículo", afirma o cirurgião pediátrico do Hospital das Clínicas de São
Paulo João Maksoud Filho.
Segundo Marcus Romaro, professor do curso de extensão universitária em segurança veicular
da Unicamp e engenheiro da GM,
num impacto, além da colisão do
carro com o obstáculo e dos corpos das pessoas com o interior do
carro, ocorre a colisão dos órgãos
internos com a estrutura óssea.
"Por isso, é importante que todo
ocupante fique no lugar, evitando
a movimentação por inércia."
Testes
"Na hora do impacto, a principal função da cadeirinha é proteger a coluna cervical e a cabeça da
criança", diz a coordenadora da
ONG Criança Segura, Luciana
O'Reilly. "O cinto infantil não
protege essas partes."
Segundo a especialista em medicina de tráfego Regina Pirito,
para que um dispositivo de segurança infantil seja confiável, é necessário que seja certificado e
aprovado em testes de resistência.
"Os cintos de segurança para
crianças não foram submetidos a
esses testes. Portanto, na prática,
não têm sua eficiência demonstrada. Eles dão total liberdade de
movimentos, a criança pode até se
deitar no banco do automóvel."
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