Tarefas vão desde investigar poços até promover rodadas de licitação

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Após trabalhar por 14 anos em uma empresa privada do setor de petróleo e gás, Paulo Alexandre Souza da Silva, 42, decidiu prestar concurso para ocupar o cargo de especialista em regulação de petróleo e derivados, álcool combustível e gás natural da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis).
Nascido em família de professores públicos e militares, ele conta que não foi atraído só pelo saláriodeR$6.044. "A ANP oferece oportunidades únicas para quem se interessa por petróleo", conta Silva, enumerando também "a possibilidade de trabalhar com a regulação de umsetor tão importante para o país".
Antes de se inscrever no concurso, o engenheiro elétrico já havia feito pós-graduação em petróleo e gás, o que, emparte, contribuiu para seu interesse nessepostode especialista. Ocargo de nomeextenso que ele assumiu em 2005 abrange uma série de funções, como ser responsável pela regulação de todas as atividades relacionadas à indústria de petróleo, gás natural ebiocombustíveis.
No começo, ele trabalhava com gestão e obtenção de dados técnicos produzidos por empresas concessionárias -informações sobre poços de petróleo, levantamento geoquímico, sismologia e aspectos gerais das bacias sedimentares.
"Quando resultam de uma ação de sucesso, representam a descoberta de novas reservas. São parte da riqueza nacional", comenta Silva.
Ele continua ocupando o cargo de especialista em regulação, mas no ano passado foi comissionado para desempenhar o papel de superintendente de promoçãodelicitações.
Depois dessa mudança, uma de suas principais tarefas é coordenar rodadas de licitação. Nelas, blocos exploratórios "unidades em que as reservas brasileiras são divididas pela ANP" são oferecidos para as 62 empresas do setor.

Viagens pelo país
Agora ele também coordena sete especialistas emregulação, em uma equipe formada por 19 pessoas que analisam milhares de páginas de contratos e documentos. “"Chego diariamente entre as 7h e as 8h e não tenho horapara ir embora", conta.
Sua rotinaenvolvedespachar documentos, acompanhar contratos de concessionárias e fazer reuniões técnicas com a equipe. "Nossa intenção é não deixar processos parados e diminuir a burocracia. Estamos investindo na informatização dos sistemas para que os usuários possam acompanhar os processospela internet", diz.
Duas ou três vezes por mês, ele deixa um pouco de lado sua rotina entre milhares de páginas para fazer algumas viagens.
Elas acontecem principalmente no período que antecede a rodada de licitações, o que exige que ele vá a diferentes partes doBrasilpara divulgá-la. (ECL)


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