Instituto cria regra internacional e transfere tecnologia a outros países

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

O engenheiro mecânico Jorge Cruz, 54, tem 33 anos como funcionário do Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial).
"Cheguei como estagiário do curso técnico de mecânica do Cefet [Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca] do RiodeJaneiro", conta.
Muitos degraus foram percorridos para que ele chegasse à rotina que tem hoje no cargo de pesquisador tecnologistaem metrologia equalidade.
Alçado a coordenador-geral da articulação internacional do Inmetro no início de 2006, ele trabalha 12 horas por dia e chefia equipe de 26 pessoas com engenheiros, químicos, físicos eeconomistas, entre outros.
Suas tarefas são prospectar parcerias, elaborar normas e especificações internacionais de metrologia e avaliação de conformidade para produtos brasileiros (como o biocombustível), estudar a possibilidade de acordos de normalização e participar de pactos com outros países sobre barreiras técnicas deexportação.
"O Inmetro é o responsável pelo acordo de barreiras técnicas da [OMC] Organização MundialdoComércio", conta.
"Notificamos a organização sobre as normas e as leisdo país que possamcriar barreiras técnicas", diz. "E as notificações que a OMC recebe, repassa-nos para disseminarmos às instituições cadastradas no serviço Alerta Exportador."
Suas atribuições incluem reuniões e viagens constantes ao exterior, a Brasília "onde se reúne com representantes dos ministérios das Relações Exteriores, do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior e da Ciência e Tecnologia" e a São Paulo, onde participa da comissão de comércio exterior da Fiesp (Federação das Indústrias do Estadode São Paulo).
Colaboração
Uma das atividadesmais gratificantes para ele é a possibilidade de cooperar e dar assistência na transferência de tecnologia de metrologia para países emdesenvolvimento.
Entre as viagens para o exterior "de duas a três pormês", a maior parte tem como destino os países doMercosul (Mercado Comum do Sul).
Cruz coordena o Subgrupo 3 de Trabalho do Mercosul, com a responsabilidade de discutir a harmonização de regulamentos técnicos regionalmente.Há comissões para vários produtos, como adebrinquedos. Suas especificações mínimas são definidas nesses encontros. (RGV)


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