São Paulo, domingo, 09 de março de 2008

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PERFIL - COORDENADORA DE ASSISTÊNCIA SOCIAL

Ter boa vontade é apenas o começo

Assistente social tem muito a fazer na Prefeitura de São Paulo: ajudar 1,3 milhão de pessoas

Marcelo Justo/Folha Imagem
Ivone Pereira da Silva visita loja-escola em que idosos e mulheres aprendem a fazer artesanato, iniciativa da Secretaria de Assistência e Desenvolvimento Social

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Ser umbom assistente social não se limita a ter benevolência. "A assistência social é questão de direito, não é ajuda", crava Ivone Pereira da Silva, 53.
Assistente social da Prefeitura de São Paulo há 27 anos, hoje ela é coordenadora da equipe de proteção social básica da Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social.
Para integrá-la, é preciso ter pique. O time de Silva tem de prevenir situações de vulnerabilidade, risco social ou vivência de fragilidades em famílias. "No início eu trabalhava atendendo a muitas emergências e programashabitacionais."
Seu dia começa às 9h30, quando ela lê e-mails e o "Diário Oficial" da cidade. "Às vezes resolvo questões por telefone antesde chegarna secretaria."
A rotina de trabalho conta sempre com pelo menos duas reuniões diárias, especialmente sobre implementação de serviços, projetos eprogramas.
E haja questão para resolver: a área que ela coordena administra omonitoramento, a avaliação dos serviços, os programas, os projetos e os benefícios de ações preventivas dapolítica pública de assistência social das31 subprefeiturasda cidade.
E tem mais: sua equipe supervisiona todos os programas conveniados com a secretaria, como os 343 centros para crianças e adolescentes, 57centros para juventude, 61 centros da rede de atenção às famílias e 75 núcleos de convivência de idosos, entre tantos outros.
Equipe reforçada
Para reforçar a equipe responsável por todas essas tarefas, a secretaria abrirá 422 vagas para quem se formou em serviço social. O edital ainda não saiu,mas deve ser publicadoneste semestre. Os postos são para os Centros de Referência de Assistência Social das Subprefeituras, e quem passar no concurso vai embarcar nos projetos que Silva coordena. "A proposta é fortalecer os centros", explica.Hoje, a equipe conta com 130 assistentes sociais.
Nesses centros, os assistentes sociaistambémorganizarão a vigilância social na área de abrangência e buscarão informaçõespara elaborar indicadores sobre situações de vulnerabilidade e risco. "São essenciais para organizar a ofertade serviços socioassistenciais e potencializar a rede de proteção social básica", completa Silva.
Em São Paulo, 1,3 milhão de pessoas (13% da população) vive em situação de alta vulnerabilidade social.Dessas, cerca de 75 mil são beneficiadas por projetos conveniados com a secretaria. (MB)


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