São Paulo, quinta, 10 de julho de 1997.



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Folha 500 faz retrato do balanço pós-Real


Caderno mostra o impacto do fim da correção monetária dos resultados das empresas, anuncia quem são os novos sócios admitidos no Clube do Bilhão e avalia como está o prestígio do Plano Real entre empresários


OSCAR PILAGALLO
Editor de Dinheiro

O caderno especial que o leitor tem agora em mãos é um retrato panorâmico, clicado pelo Datafolha, do universo das maiores empresas do país.
Na imagem, aparece com nitidez o impacto da manutenção, pelo terceiro ano, da estabilidade da economia na vida das pessoas jurídicas.
O quadro que emerge é composto predominantemente por elementos positivos, embora não seja tão róseo quanto se poderia supor a partir da pesquisa de opinião sobre o Plano Real, aprovado por quatro em cada cinco empresários consultados.
A mudança no critério de elaboração dos balanços é ilustrativa dessa pequena discrepância.
Desde 1996, as empresas são obrigadas a desconsiderar a correção monetária ao apresentar seus resultados.
Era evidente que a medida, decorrente da brusca queda da inflação, influenciaria os lucros. Mas como?
A representativa amostragem aqui reunida não deixa dúvida sobre o que só se suspeitava: a maioria teve seus lucros aumentados no papel e, portanto, pagou mais Imposto de Renda.
A mesma estabilidade foi igualmente responsável pela ampliação do Clube do Bilhão, que aceita como sócia apenas a empresa cuja receita líquida supere o patamar dos dez dígitos.
Na área de informática, o ano foi de bom volume de vendas. O faturamento das cem maiores empresas cresceu, passando dos US$ 8 bilhões, mas a rentabilidade foi prejudicada.
Em função da guerra de preços e do chamado "mercado cinza" -de produtos contrabandeados ou semilegais-, as empresas foram obrigadas a cortar margens para garantir vendas.
O setor também atraiu investimentos na produção. Além da estabilidade, pesaram na decisão o tamanho do mercado e os incentivos fiscais.



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