São Paulo, quinta-feira, 10 de julho de 2008

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Novas batidas

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

A bossa nova experimentou um novo estouro no começo deste milênio, graças a músicos e DJs que resolveram fundir sua levada e instrumentação típicas com batidas eletrônicas aceleradas.
Desse período, que teve Bebel Gilberto, filha de João, como o nome mais bem-sucedido, sobrou pelo menos uma canção importante: "Sambassim", de Fernanda Porto. Lançada no CD de estréia da cantora paulista, de 2002, a música sonorizou pistas de dança falando em um samba "sem pandeiro ou tamborim", mas "com guitarra e drum'n'bass".
Fernanda fala com orgulho da composição, mas admite que a mescla batizada de drum'n'bossa atingiu seu ponto de saturação. "Eu mesma enjoei. As pessoas exageraram, exploraram essa mistura à exaustão. No meu segundo disco já parei de fazer isso."
Na ativa desde 1997, o trio Bossacucanova também conseguiu grande repercussão apostando na bossa eletrônica. De acordo com o DJ Marcelinho DaLua, o grupo conheceu a mistura de jazz com eletrônica numa feira de música e percebeu que podia fazer algo semelhante partindo da MPB. "Foi algo bem natural", diz. "O grande lance da bossa é a mistura. Você só precisa manter as harmonias típicas do estilo."
Também proliferaram os CDs que adaptavam repertórios para a bossa. Chegaram às lojas discos como "Stones'n'Bossa" e "Elvis'n'Bossa". Este último é de João Suplicy, que já tinha feito parte do projeto Bossa Furiosa, do irmão Supla. "A bossa tem uma coisa singela que pode ser extremamente sensual", diz Suplicy. (JFJ)



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