São Paulo, domingo, 10 de agosto de 2008

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LAZER

Skate e história convivem no parque

Esportistas e visitantes do Museu Paulista, com acervo sobre origens do país, se reúnem no Parque da Independência, no Ipiranga

Danilo Verpa/Folha Imagem
Alexandre Bettega anda de skate com o filho Cainã no Parque da Independência

JOÃO PEQUENO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Entre esplanadas verdes, a pista que desce do Museu Paulista à estátua de Dom Pedro 1º, no Ipiranga, é aprovada por skatistas locais, como o estudante de direito Lucas Gil, 20, e de outros bairros, como o visual merchandiser Alexandre Bettega, 34, morador da Mooca (zona leste).
Ensinando o filho Cainã, 5, que segura por um braço enquanto mantém o equilíbrio com o outro, Bettega elogia o asfalto da pista, refeito em setembro do ano passado. "Sempre andei aqui, mas, desde então, ficou excelente", afirma, com o sorriso do pequeno Cainã deixando clara a herança no gosto pelo skate. Descalço, Lucas faz coro -"dá para manobrar sem medo de se ralar."
Moradores da zona sul avaliam melhor as áreas para a prática de esportes do que a média dos paulistanos -4,7 contra 4. Ipiranga está entre os que obtiveram melhor nota no quesito (5,1), atrás só de Moema (7,1) e Vila Mariana (7). O distrito tem o maior percentual de equipamentos esportivos da cidade -7,32%, segundo a Secretaria Municipal de Planejamento.

Obras de arte
Erguido em 1890, em modelo simplificado de palácio renascentista, como monumento à Independência, o Museu Paulista passou a ser mantido pela USP em 1963, voltado para a pesquisa histórica.
É o que pode se chamar de um museu que faz parte da própria história que conta, como diz a professora Myoko Makino, 64 anos de vida, 39 deles cuidando do acervo iconográfico do local -também conhecido como museu do Ipiranga.
Há um ano e meio, essa característica é reforçada pela exposição "Imagens Recriam a História", ilustrando a formação de São Paulo em pinturas de Benedito Calixto ("Fundação de São Vicente"), Oscar Pereira da Silva ("Fundação de São Paulo"), Almeida Jr. ("Partida Monção"), além do "Independência ou Morte", de Pedro Américo.
A professora ainda recomenda a maquete "Cidade de São Paulo em 1841", de Henrique Bakkenist. "Ela foi construída em 1922, no centenário da Independência, baseada em um mapa cadastral que mostra como era a cidade em 1841."


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