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CÉREBRO ELETRÔNICO
Tecnologia turbinará poderes da mente
Neurociência permitirá controlar aparelhos com o pensamento, e memória poderá ser expandida
JORDANA VIOTTO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
A tecnologia fica cada vez
mais amigável ao corpo humano -que o digam as telas
sensíveis ao toque ou os videogames como o Wii. A intimidade é tanta que a eletrônica ultrapassa a barreira da
pele e vai direto ao cérebro.
A neurociência já permite
controlarmos aparelhos com
ordens mentais. "Essas pesquisas existem há dez anos",
diz Sidarta Ribeiro, professor
da pós-graduação em neurociência da Universidade Federal do Rio Grande do Norte
e chefe de laboratório do
IINN-ELS (Instituto Internacional de Neurociências de
Natal Edmond e Lily Safra).
Para os cientistas, o futuro
está em acessar a internet
com o pensamento.
"Ou realizar neurocirurgias com nanoequipamentos", acrescenta Miguel Nicolelis, codiretor do centro de
neuroengenharia da Universidade Duke (EUA) e diretor
científico do IINN-ELS.
Segundo a pesquisa da
Fast Future, médicos poderão ser cirurgiões de aumento de memória em 2030.
Eles vão ampliar a capacidade de memória de cérebros
sobrecarregados de informações antes que sofram um
apagão sensorial.
Esses novos profissionais
poderão até ser contratados
por empresas que queiram
aprimorar as capacidades de
seus melhores funcionários.
E vão ter que trocar ideias
com especialistas em filtrar
dados e em barrar vírus.
Essa cirurgia deve virar
realidade em um futuro próximo, opina Benito Damasceno, professor titular de
neurologia e neuropsicologia da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas).
"Chips poderão substituir
estruturas envolvidas em
sensação, percepção e certas
operações da memória", diz.
O problema, pondera, é que
chips podem ser alterados ou
controlados por outros.
Outra área que está em ascensão é a de doenças neurológicas, como degeneração
neuromuscular e transtornos
de comportamento.
"Estima-se que, em 2030,
elas corresponderão à maioria dos casos de problemas
de saúde no mundo", comenta Ésper Cavalheiro, professor do laboratório de neurologia experimental da Unifesp (Universidade Federal
de São Paulo).
Multidisciplinar, a neurociência abriga profissionais
graduados em qualquer
área, desde que tenham bons
conhecimentos de matemática, física, química e biologia.
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