São Paulo, terça, 11 de novembro de 1997.



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Marcas Omo e Coca-Cola refletem consumidor fiel

JOSÉLIA AGUIAR
da Reportagem Local

Omo é, pelo terceiro ano consecutivo, a marca mais lembrada por 7% das pessoas que responderam à pergunta: "Qual a primeira marca que lhe vem à cabeça"?
Coca-Cola e Bombril obtiveram 4% e 3% das respostas, respectivamente, ocupam o segundo e o terceiro lugar.
Os dados são da pesquisa Top of Mind, realizada pelo Datafolha em todo o país. O trabalho analisa, além das marcas campeãs, o desempenho de 22 segmentos da economia.
Omo e Coca-Cola se revezam como a líder na lembrança do brasileiro desde que a pesquisa foi criada, em 91.
Empate
Desta vez, em quarto lugar, estão empatadas Brastemp, Philips e Sharp, com 2% das respostas cada. As três também conseguiram bons resultados nas edições anteriores da pesquisa.
Em meio às tradicionais "campeãs de audiência", surgem neste ano emergentes como Skol e Derby, que consolidaram posições de destaque em seus respectivos setores.
Diante da cristalização de alguns nomes na memória do consumidor, torna-se inevitável a pergunta: qual o segredo para uma marca conquistar -e manter- a lembrança do público?
Especialistas dizem que nem sempre qualidade é garantia de sucesso para um produto ou serviço.
Diferencial
Para Antonio Fadiga, sócio-diretor do grupo Young & Rubicam, uma marca se torna forte quando consegue criar o que chama de "diferencial intangível e relevante".
Segundo ele, o diferencial intangível é o que faz o produto se destacar em meio à "indiferenciação" cada vez maior do mercado.
Dizer que um sabão em pó é melhor porque lava mais branco ou que um creme dental garante o frescor do hálito puro são exemplos de fatores intangíveis, segundo o diretor da Young & Rubicam.
Fadiga diz que apenas três em cada dez marcas lançadas conseguem sobreviver. Sete não vingam por não conseguir criar seus diferenciais.
Valor universal
Jaime Troiano, especialista em consumo varejista, define as marcas fortes como aquelas "que adquirem expressão na mente e no coração das pessoas".
São produtos que possuem valores universais e que, por isso, "conquistam boas posições em mercados de vários países".
Troiano diz que as empresas devem evitar a tentação de "jogar fora o bebê junto com a água do banho", ou seja, mudar a personalidade da marca ao renovar sua campanha.
Ele afirma que, para garantir a longevidade e a jovialidade de uma marca, é preciso ainda que a empresa acompanhe como evolui e regride o comportamento do consumidor.



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