São Paulo, domingo, 12 de setembro de 2004

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Residência qualifica médicos

DA REPORTAGEM LOCAL

Formada pela USP, Cristiane Leite passou em primeiro lugar na prova de residência do Hospital das Clínicas, onde se especializou em atendimento clínico-cirúrgico de estrabismo e de retina. "Na verdade, eu sempre fui CDF, desde a escola", diz, encabulada.
Apesar de afirmar sempre ter tido certeza da profissão que queria seguir, só no quarto ano da faculdade Cristiane decidiu-se por oftalmologia. "Eu não queria seguir apenas a área clínica nem somente a cirúrgica. Na oftalmologia, encontrei o equilíbrio. Hoje, tanto acompanho e atendo pacientes como opero. As cirurgias de oftalmo são lindas, e o contato com o paciente é importantíssimo na profissão."
Cristiane lembra que, quando um jovem opta por fazer medicina, a família tem de optar junto. "A faculdade são seis anos em período integral. Então são seis anos sem trabalhar." Um médico só começa a ganhar uma bolsa-salário na residência, que pode variar de três a cinco anos, dependendo da especialidade. A média das bolsas é de R$ 1.200.
A residência médica foi instituída em 1977 e é uma espécie de pós-graduação destinada a médicos sob a forma de curso de especialização. É ministrada em instituições de saúde -na maioria hospitais, mas há algumas clínicas que a oferecem com a autorização do MEC (Ministério da Educação)-, sob a orientação de médicos mais qualificados profissionalmente.
"Um médico ganha o registro no CRM (Conselho Regional de Medicina) depois dos seis anos de faculdade, torna-se um clínico-geral. Mas é a residência que o torna apto a exercer cada área especificamente. E a prova para entrar na residência é muito mais difícil que qualquer vestibular", afirma Cristiane.
Entre as especialidades reconhecidas pelo conselho estão cirurgias (plástica, cardiovascular, pediátrica geral etc.), angiologia, endocrinologia, radioterapia, neurologia, entre outras.


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