São Paulo, domingo, 12 de setembro de 2004

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ENFERMAGEM

Profissional une organização e bem-estar de paciente

DA REPORTAGEM LOCAL

Quem imagina que a rotina de uma enfermeira de hospital não passa de algumas visitas a quartos de pacientes e da aplicação de injeções está enganado. Cássia Guerra, 39, formada em enfermagem há 17 anos, tem entre suas tarefas o direcionamento das vagas dos leitos, a auditoria de contas, a supervisão da qualidade do atendimento e a previsão e provisão de recursos humanos e materiais.
Ela é coordenadora de desenvolvimento administrativo do Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo. Cássia é responsável por três setores do hospital -a unidade de cirurgias abdominais, a de ortopedia e a de atendimento a pacientes urológicos e nefropatas.
"Quem imagina que um enfermeiro é um tarefeiro está enganado. É um profissional que tem de tomar decisões o tempo inteiro, e decisões que envolvem a saúde das pessoas. Tem de ter muita responsabilidade e muito fundamento científico", diz Cássia.
De acordo com ela, quem considera prestar vestibular para essa carreira deve ter bem claro que o trabalho em equipe e o dinamismo são essenciais.
"Tudo fecha na enfermeira, todos os setores que envolvem o atendimento e o bem-estar do paciente. Desde a equipe de higiene até nutricionistas, médicos, centro de diagnósticos, copeiras."
A maior parte da realização das tarefas fica, de acordo com ela, com os auxiliares. "A diferença é que um enfermeiro tem curso superior e um auxiliar, apenas o técnico. Por isso o auxiliar apenas executa, sempre sob a supervisão de um enfermeiro responsável."
Hoje, com o cargo de coordenadora, Cássia diz ter horários mais flexíveis. Mas, no início da carreira, ela já teve de trabalhar na noite de Ano Novo e de abrir mão de ter horário certo para sair.
O seu primeiro trabalho foi como enfermeira-assistente da UTI infantil do Hospital Sabará, na capital paulista. Depois, foi enfermeira do pronto-socorro infantil da Santa Casa de São Paulo. No Sírio-Libanês, começou como enfermeira da unidade de internação. "É uma profissão que exige dedicação. Lidar com pessoas é delicado", diz ela, que fez especialização em administração hospitalar e cursos de auditoria para se preparar para a atual função.
Além de hospitais -e, neles, há dezenas de áreas em que enfermeiros podem atuar, uma vez que, em cada setor, há profissionais dessa área, como centro cirúrgico, centro de exames, pesquisas, etc.-, há mercado em consultórios cirúrgicos, clínicas, saúde pública, atendimento domiciliar, escolas e na área acadêmica. (MS)


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