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QUANDO FAZER?
Projeção da carreira dita melhor hora para o MBA
Iniciante, que não toma decisões, não aproveita benefícios do curso
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
De trampolim para ascensão
profissional, até o melhor curso
de MBA pode virar um desperdício de tempo e de dinheiro se
não for feito na hora certa.
"O curso adequado é o interessante para a carreira em
quatro, cinco anos. Não adianta
procurar o que será útil em 15
anos", diz Paulo Lemos, superintendente regional da FGV-SP (Fundação Getulio Vargas).
Antes de se inscrever, segundo o professor, devem-se analisar as possibilidades de crescimento no futuro próximo. O
curso é para profissionais em
posições de nível gerencial e
que tenham experiência de sete
a dez anos.
"No começo da vida profissional, o papel das pessoas nas
empresas é muito específico e
técnico. Não tomam decisões,
amparam o trabalho de quem
define estratégias", afirma Anne Nemer, diretora do International Executive MBA da Universidade de Pittsburgh.
Como um MBA pode alavancar o crescimento profissional,
muitos ficam ansiosos e procuram fazê-lo antes da hora -às
vezes, logo depois da faculdade.
"Pessoas que ainda não são
responsáveis pelo trabalho de
uma equipe não acompanham
as discussões em uma classe de
MBA", aponta Marisabel Ribeiro, 50, diretora de desenvolvimento da Right Management.
Nesses casos, os alunos assimilam conteúdos de maneira
apenas teórica. "É difícil ensinar liderança para quem nunca
liderou", completa Osvino de
Souza Filho, 55, coordenador
dos programas de pós da Fundação Dom Cabral.
Adiando a família
Queimar etapas traz efeitos
indesejáveis até no trabalho.
"Se o profissional anuncia na
empresa que faz MBA e todos
sabem que não é a hora certa,
seu discurso pode ser questionado por colegas", diz Ribeiro.
Cursos de especialização de
caráter menos amplo são mais
adequados para quem tem até
quatro anos de formado. "É
mais proveitoso fazer pós com
ligação com suas atividades, como cursos intensivos de quatro
meses sobre um determinado
assunto", aconselha Ribeiro.
Rodrigo Del Claro, 30, diretor de relacionamento da Crivo, faz o MBA executivo do Ibmec-SP há cinco meses, e já
passou por diferentes experiências em cargos gerenciais.
"Agora tenho uma posição
estratégica e lido com criação e
implementação de ações", diz.
Ele já havia feito três cursos
de especialização -em gestão
de projetos, marketing de serviços e planejamento e controle empresarial. "Não absorvi
tudo o que podia. Tinha aula sobre balanço, por exemplo, mas
nunca via um no trabalho."
Ele refletiu bastante antes de
decidir fazer o curso. "Minha
mulher e eu estamos casados
há três anos e queremos ter um
filho. Mas não seria possível
conciliar isso com o MBA",
conta. Resolveram esperar um
pouco mais para ter o bebê.
(ECL)
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