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PARTO ÀS ESCURAS
Mães dão à luz durante o blecaute com gerador
da Reportagem Local
Dividindo ontem o mesmo
quarto de hospital, a secretária
Salete Dalva Martins Duarte,
29, e a escriturária Eliane Barbosa da Silva, 27, deram à luz
anteontem dois meninos, exatamente durante o blecaute.
Salete já estava na sala de cirurgia, passando por uma cesárea, quando a luz se apagou.
"Eu não vi nada, mas meu marido, que me acompanhava na
sala de parto, disse que o médico fechou os olhos, respirou
fundo e se concentrou, até que,
poucos segundos depois, o gerador começou a funcionar e
ele retomou a cirurgia", conta.
Detalhe: seu parto estava
marcado para as 20h, ela havia
chegado ao hospital às 17h, mas
o médico se atrasou por conta
da chuva, do trânsito, de um
acidente no caminho e de mais
um parto, anterior ao de Salete.
Seu primeiro filho, Gustavo,
nasceu às 23h05.
"Mas não cheguei a ficar nervosa. Quando me vi no escuro,
falei: "Justo agora, meu Deus!".
Então, tentei me acalmar, não
sou supersticiosa com essas
coisas, achei que ia acabar bem
e que o Gustavo nasceria bem,
como aconteceu", diz Salete.
Eliane chegou ao hospital e
aguardava o elevador no momento em que as luzes se apagaram. Como o bebê de Salete
-e de outras cinco mães na
maternidade Santa Joana-,
seu bebê, Leonardo, nasceu
com a ajuda dos geradores.
"Minha cesárea já estava programada, entrei na sala às 23h,
e o parto acabou à meia-noite.
Apesar de trabalhar dentro de
um hospital e já ter presenciado falta de luz e uso de geradores antes, nunca imaginei ter
um filho nessa situação", diz.
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