São Paulo, Sábado, 13 de Março de 1999
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Edição da Folha é entregue com atraso

da Reportagem Local

A distribuição dos exemplares da Folha na Grande São Paulo, que é concluída diariamente entre 6h30 e 7h, foi estendida ontem até o início da tarde. Nas bancas, terminou às 13h. Para assinantes de lugares mais distantes do perímetro, o trabalho só foi concluído às 15h.
Segundo Flávio Pestana, diretor superintendente de marketing da Folha, o atraso na entrega dos jornais tende a ser muito maior do que a duração do blecaute.
"Nós fazemos uma distribuição na madrugada, que é muito rápida. Com o atraso, passamos a enfrentar o trânsito do horário comercial. Assim, o atraso acaba se multiplicando. Rotas de entrega cumpridas em duas horas na madrugada podem demorar até seis horas durante a manhã."
A distribuição no interior do Estado, concluída normalmente até 8h ou 9h, foi prorrogada até o meio da tarde. Para outros Estados, cuja distribuição depende de transporte aéreo, os atrasos foram maiores.
"Dependendo da rota, perder um vôo pode acarretar várias horas de atraso. Há casos em que o próximo vôo para aquele destino está programado apenas para a noite", explica Pestana.
Se alguma cidade ficasse sem receber a Folha ontem, a edição seria distribuída hoje, junto com o exemplar de sábado.
O blecaute atingiu os sistemas operacionais da Folha às 22h16. Antes disso, uma primeira edição do jornal foi concluída às 20h49, mas não chegou a circular. As condições de trabalho na Redação foram normalizadas às 2h45.
"Mais de 50 pessoas estavam na Redação no momento do blecaute e todas ficaram para concluir o jornal", conta Eleonora de Lucena, secretária de Redação.
Na retomada do trabalho, a equipe concluiu duas edições, uma de circulação nacional, às 4h25, e outra distribuída na Grande São Paulo, às 4h53.
No Centro Tecnológico Gráfico-Folha (CTG-F), em Tamboré, o fornecimento de energia só foi normalizado às 3h. Nos outros dias, neste horário, os trabalhos estão em fase final. O equipamento empregado na impressão do jornal precisou ser religado e, em seguida, avaliado por técnicos.
"Quando há uma queda de energia em equipamentos eletrônicos trabalhando em força plena, há vários danos, como placas queimadas, que só podem ser verificados quando o sistema é religado. Reforçamos a equipe de engenharia e de manutenção para esse trabalho", explica Adalberto Fernandes, diretor-executivo industrial do Grupo Folha.
A impressão do jornal foi iniciada às 5h40. A edição que circulou na Grande São Paulo foi concluída às 8h30. A que circula nacionalmente teve seu último exemplar impresso às 10h30.
O CTG-F trabalha com duas linhas independentes de alta tensão, recebendo energia de fontes diferentes. Assim, a queda de uma delas não interrompe os trabalhos de impressão. A amplitude do blecaute na noite de quinta-feira neutralizou as duas linhas.
Segundo Fernandes, não está descartada a adoção futura de geradores para o CTG-F.


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