São Paulo, domingo, 13 de junho de 2010

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COMÉRCIO

Setor está otimista para contratações

Pesquisa revela que 59% das companhias pretendem admitir profissionais com formação superior

Fecomercio projeta criação de 60 mil vagas na região metropolitana de SP neste ano, 7% a mais que em 2009

RENATA DE GASPARI VALDEJÃO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Empresas do setor de serviços foram as que mais contrataram no início do ano. Mas, na expectativa de admitir profissionais que têm nível superior até o fim de 2010, o comércio se iguala a ele.
Tanto no comércio como na indústria, 59% das companhias ouvidas pelo Datafolha querem contratá-los (em serviços, 57%). Em 2009, 57% das do ramo comercial tinham essa intenção.
Segundo a Fecomercio (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo), a projeção de crescimento do número de empregos [ ] na região metropolitana de São Paulo em 2010 é de 7% -60 mil novas vagas para todos os níveis de escolaridade.
Em abril, os destaques no aumento do número de empregos criados no comércio foram Roraima (2,13%) e Maranhão (2,37%), diz o Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados).
"Embora o faturamento do varejo paulista seja o maior, os mercados que mais crescem são os do Norte e do Nordeste", reforça o presidente da Apas (Associação Paulista de Supermercados), João Sanzovo Neto.

VAREJO EM ALTA
Vendas no varejo cresceram 12,8% de janeiro a março deste ano em relação ao mesmo período de 2009 -variação superior à do último trimestre de 2009 (8,9%) e à de todos desde janeiro de 2004.
"O crescimento tem sustentação", diz Guilherme Dietze, economista da Fecomercio. Para ele, o aumento do emprego no país influenciou esse desempenho.
As vendas no setor de hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo aumentaram 15,3%. Esse volume representa 48,4% da taxa global de vendas do varejo, segundo a Pesquisa Mensal de Comércio de maio, feita pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Fruto do aumento do poder de compra após aumento de 7,1% da massa de assalariados em relação a março de 2009, segundo o relatório.
"O varejo tende a crescer quando se mexe no poder aquisitivo da população", confirma Cristiane Gonçalves, gerente da KPMG.


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