Segmento criou mais de 23 mil empregos no país no ano passado e quer manter esse crescimento em 2010

Varejo está de olho em administradores e engenheiros que atuam com recursos humanos, logística e compras

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Mais de 23 mil empregos foram criados em supermercados brasileiros em 2009 -um crescimento de 2,6% em relação a 2008.
O dado é da pesquisa "Retratos do Varejo", realizada pela Apas (Associação Paulista de Supermercados) com a Nielsen, a Kantar, a WorldPanel e a GfK.
Segundo o estudo, a geração de empregos em 2010 deve acompanhar a de 2009. O Grupo Pão de Açúcar (um dos líderes do setor, com o Carrefour, que não revelou dados) prevê abrir 10 mil vagas para cem lojas. Dessas, 800 serão em cargos de nível gerencial ou liderança.
Como não há curso de graduação focado em vendas, o comércio abriga profissionais de variadas formações. Por isso, mais do que valorizar uma carreira específica, a tendência dos gestores do setor é prestar atenção às habilidades e às atitudes dos pretendentes às vagas.
Visão abrangente, capacidade de se comunicar, facilidade de relacionamento e flexibilidade são as competências mais reconhecidas.
"Precisamos de pessoas com curso superior, especialização ou MBA, que falem um segundo idioma e com vivência em alguma outra empresa de grande porte", resume Roberta Rivaldo, gerente de atratividade e seleção do Pão de Açúcar.

EM ALTA
Já a pesquisa "Retratos do Varejo", da Apas, aponta que o setor varejista vai estimular a capacitação de funcionários para fazer frente ao forte crescimento do setor: 78,1% das empresas investirão em treinamento em 2010.
Os holofotes se voltam aos gestores de recursos humanos. "Os profissionais de RH estão em alta", afirma o presidente da Apas, João Sanzovo Neto. "O diferencial entre as empresas tem sido a qualidade da capacitação oferecida a seus colaboradores."
Para ele, sai ganhando quem se graduou em administração de empresas ou em áreas como psicologia ou sociologia e fez uma especialização focada em RH.
Outra área em ascensão, diz, é a de tecnologia. "Além de redes estarem se espalhando pelo país e precisarem se conectar, a parte fiscal está sendo informatizada."
Luiz Carlos Motta, presidente da Fecomerciários (Federação dos Empregados no Comércio do Estado de São Paulo), aposta suas fichas nas graduações de administração e engenharia.
Segundo ele, a área precisa de gestores de compras e de logística. (RGV)


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