Empresas que fecharam programas no ano passado querem integração rápida ao trabalho

Período de treinamento dos recém-formados é reduzido de 24 para 18 meses em algumas companhias em SP

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Se em 2009 muitas empresas cancelaram a seleção de trainees devido à crise, neste ano elas retomaram a busca por jovens apostas.
Na Cia de Talentos, referência nesse tipo de seleção, 144 recém-formados foram recrutados até maio. No primeiro semestre de 2009, 117 foram escolhidos.
"A expectativa é a de selecionarmos mais 90 até o final de junho", diz Irina Schuchman, consultora da empresa.
Na consultoria Across, o cenário é semelhante. Até maio, a empresa organizou sete programas e selecionou cem trainees. Em 2009 foram três programas no primeiro semestre e cinco no segundo.
Caroline Cobiak, gestora de jovens talentos da Across, explica que o segundo semestre é a época em que mais se admitem trainees. "A expectativa é de trabalharmos no mínimo oito programas no próximo semestre."
O banco HSBC retomou o programa, cancelado em 2009. "O momento econômico não era adequado", explica Fátima Müller, responsável pelo treinamento.
Oferecerá 30 vagas, mas vai reduzir o tempo de treinamento de 24 para 18 meses. "Precisamos agilizar o processo de formação desses profissionais", diz Müller.
Ela afirma que 66% dos trainees selecionados desde o primeiro programa -realizado em 1997- hoje têm cargos de liderança na empresa.

TREINO RÁPIDO
Para aprimorar a experiência, as empresas buscam ir além do tradicional "job rotation" (rodízio de cargos) e oferecem cursos de liderança e palestras e cursos técnicos relacionados às atividades rotineiras do jovem.
"Estamos recebendo propostas de empresas que pretendem estruturar o programa pela primeira vez", conta Cobiak, da Across.
A Log-In Logística Intermodal é uma delas. O tempo de treinamento do programa, que selecionou seis engenheiros recém-formados, será de 18 meses.
"O investimento será alto. Esperamos que esses jovens confirmem o potencial identificado na seleção", afirma Mauro Dias, presidente da Log-In. Para ele, a empresa precisa de profissionais que estejam prontos para ocupar cargos gerenciais em pouco tempo. (AA)


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