São Paulo, domingo, 13 de setembro de 2009

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ESCOLAS

Melhores colégios têm até 50 candidatos por vaga

No ensino médio, maioria aplica vestibulinho; no fundamental, processo seletivo não é tão claro

Lalo de Almeida/Folha Imagem
Aluna da Bola de Neve desenha uma escola

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Quem leva em consideração o ranking do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) na hora de escolher o colégio do filho precisa correr e se preparar.
As escolas mais concorridas têm fila de espera, provas e critérios próprios de seleção. Algumas regras são objetivas, como já ter um filho estudando na escola, mas outras são difíceis de mensurar, como "a importância que os pais dão à educação" ou o resultado de uma sondagem pedagógica realizada antes da matrícula.
No ensino médio, 16 das 20 melhores escolas do Enem na capital paulista aplicam vestibulinhos, em que a concorrência chega a 50 alunos por vaga -é o caso do Cefet (Centro Federal de Educação Tecnológica de São Paulo), que é público.
No fundamental, a procura varia muito de ano a ano. No caso do Móbile, por exemplo, 60 crianças ficaram na fila por uma vaga para o ano letivo de 2009; no Albert Sabin, 84 candidatos ficaram de fora, no mesmo ano.
Esse funil já na matrícula é visto por especialistas da área de educação como uma largada favorável na corrida por uma boa colocação em rankings como o Enem. Mas a permanência no topo depende muito de um ensino de qualidade.
Apesar de uma boa colocação no ranking aumentar muito a demanda pelas primeiras colocadas, professores da área de educação entrevistados alertam que esse critério não deve ser o principal.
"A prova do Enem, assim como outras avaliações nacionais, não trabalha com facetas importantes para avaliar uma escola, como afeto, responsabilidade pessoal e social", alerta Cipriano Luckesi, professor da Universidade Federal da Bahia.
Além do projeto educacional, os pais devem ficar atentos também à questão financeira.
Para o coordenador do Centro de Estudos em Finanças da FGV-SP (Fundação Getulio Vargas), William Eid Junior, a melhor escola nem sempre é a mais cara, mas uma educação de qualidade exige investimento. "É importante que a família analise o orçamento e veja se consegue pagar a escola."
Ele lembra que, além da mensalidade e do material didático, a escola demanda outras despesas, como as de transporte e alimentação.


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