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ESCOLAS
Melhores colégios têm até 50 candidatos por vaga
No ensino médio, maioria aplica vestibulinho; no fundamental, processo seletivo não é tão claro
Lalo de Almeida/Folha Imagem
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Aluna da Bola de Neve desenha uma escola
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Quem leva em consideração
o ranking do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) na hora de escolher o colégio do filho
precisa correr e se preparar.
As escolas mais concorridas
têm fila de espera, provas e critérios próprios de seleção. Algumas regras são objetivas, como já ter um filho estudando na
escola, mas outras são difíceis
de mensurar, como "a importância que os pais dão à educação" ou o resultado de uma sondagem pedagógica realizada
antes da matrícula.
No ensino médio, 16 das 20
melhores escolas do Enem na
capital paulista aplicam vestibulinhos,
em que a concorrência chega a
50 alunos por vaga -é o caso do
Cefet (Centro Federal de Educação Tecnológica de São Paulo), que é público.
No fundamental, a procura varia muito
de ano a ano. No caso do Móbile, por exemplo, 60 crianças ficaram na fila por uma vaga para
o ano letivo de 2009; no Albert
Sabin, 84 candidatos ficaram
de fora, no mesmo ano.
Esse funil já na matrícula é
visto por especialistas da área
de educação como uma largada
favorável na corrida por uma
boa colocação em rankings como o Enem. Mas a permanência no topo depende muito de
um ensino de qualidade.
Apesar de uma boa colocação
no ranking aumentar muito a
demanda pelas primeiras colocadas, professores da área de
educação entrevistados alertam que esse critério não deve
ser o principal.
"A prova do Enem, assim como outras avaliações nacionais,
não trabalha com facetas importantes para avaliar uma escola, como afeto, responsabilidade pessoal e social", alerta
Cipriano Luckesi, professor da
Universidade Federal da Bahia.
Além do projeto educacional,
os pais devem ficar atentos
também à questão financeira.
Para o coordenador do Centro de Estudos em Finanças da
FGV-SP (Fundação Getulio
Vargas), William Eid Junior, a
melhor escola nem sempre é a
mais cara, mas uma educação
de qualidade exige investimento. "É importante que a família
analise o orçamento e veja se
consegue pagar a escola."
Ele lembra que, além da
mensalidade e do material didático, a escola demanda outras despesas, como as de
transporte e alimentação.
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