São Paulo, terça, 14 de julho de 1998

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Acervo



Um espírito mais irônico diria que o melhor do acervo do Museu de Arte Moderna de São Paulo está no Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo. Desde 1963, quando Francisco "Cicillo" Matarazzo, num de seus dias de condottiere enfurecido, doou o acervo à USP.
De lá para cá, o MAM corre atrás do prejuízo e procura montar uma coleção que reflita a trajetória da arte moderna brasileira. Graças a doadores como Carlo Tamagni, que doou o núcleo da segunda geração modernista, por iniciativa dos artistas, ao sabor dos Panoramas de Arte do museu, há muito por ver.
Existem lacunas, como as obras da primeira geração modernista, peças bem cotadas no mercado e, por isso, mais raras - menos "doáveis". Mas há segmentos bem representados, principalmente dos anos 70, quando o MAM fez um Panorama por ano, para cá.
A constituição tardia do acervo explica o fato de, mesmo no caso de nomes históricos, como Bruno Giorgi, Joaquim Tenreiro e Franz Weissmann, o MAM ter obras tardias. No caso, três escultores, já que a escultura é um dos destaques da coleção.
Hoje, o MAM é outro MAM. Ao invés de ser conhecido como o museu morto e sem acervo sob a marquise, quer ser conhecido como o museu vivo e com acervo sob a marquise. Sua história merece.
Federico Mengozzi




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